9 de julho de 2010

Mitos e verdades sobre a redução de estômago Parte 1

Nos próximos dois dias, atendendo a pedidos, vamos apresentar algumas respostas sobre este procedimento.

A cirurgia de redução de estômago para quem está muito acima do peso passou a ser mais comum desde que hospitais públicos passaram a realizar o procedimento e convênios médicos autorizarem a operação. Márcia Jablonka Kelman, que é endocrinologista da Clínica Biodiet, ajuda a tirar as dúvidas mais comuns sobre essa operação.

A cirurgia bariátrica é uma opção terapêutica indicada por médicos, quando todas as tentativas clínicas e medicamentosas foram infrutíferas, explica a médica. Diferentemente do que muitos pensam, a operação não é uma saída mais fácil para emagrecer. A indicação, portanto, é para a cura da obesidade mórbida e de suas graves consequências, como o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares, derrame, diabetes, alguns tipos de câncer – como no trato digestivo e outras.

Quais os maiores riscos?
Os obesos têm, pela própria condição, alterações graves no coração, pressão, diabetes etc, que aumentam o risco cirúrgico. Porém, com uma equipe médica preparada, o índice de mortalidade está entre 1% e 3%. O maior risco está na falta de comprometimento com a cirurgia, como ignorar as ordens médicas. Em outros casos, acontecem complicações inesperadas, acidentes anestésicos, infecções... Por isso que a cirurgia só deve ser feita após avaliação profunda.

É uma operação estética?
Não. A operação é realizada se houver indicação médica. O especialista vai avaliar os riscos e benefícios. Se o paciente tem doenças associadas (como doenças cardíacas graves)

É seguro?
A operação é segura desde que haja uma preparação detalhada antes dela. Pessoas acometidas por alcoolismo ou distúrbios psiquiátricos não estão indicadas. Respeitando as indicações e as contraindicações, torna-se seguro.

O paciente precisa passar por avaliações psicológica?
Sim. O paciente é avaliado pelo médico clínico geral, pelo cirurgião e por um psiquiatra ou psicólogo, para entender como será sua aceitação depois da operação.

A fome continua, mas o operado não consegue comer?
Não. A fome diminui muito, não há sofrimento em relação a isso, pois a vontade de comer é menor e a satisfação com pequenas quantidades também. Agora, o paciente terá que escolher o que comer, pois cabe pouco.

É verdade que o gastroplastizado precisa mastigar muito bem?
Sim. Isso melhora a digestão e a absorção dos alimentos que, na fase pós-operatória, é ainda mais sensível, pela própria cirurgia. No geral, todos devem mastigar bem para ter um bom aproveitamento nutricional dos alimentos e sensação adequada de digestão.

Amanhã não perca a segunda parte desta série.

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