29 de dezembro de 2010

Mensagem de ano novo

Os momentos que antecedem o ano novo são de profunda reflexão. Temos que corrigir os erros, se engrandecer pelos acertos e fazer tudo o que precisa ser feito.

Peço desculpas mais uma vez pela ausência e desde já desejo profundamente que todos possamos ter uma passagem de ano tranquila e que um novo ano venha repleto de grandes vitórias. É o que pedirei a Deus em oração por todos!

Um Feliz 2011 repleto de paz e alegrias.

Que Deus os abençoe abundantemente.

O blog estará de volta a partir do dia 03 de janeiro. Aguardem muitas novidades!

24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Poema de Natal

Por Fernando Pessoa:

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade !
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei !

21 de dezembro de 2010

Sofrer por que?

Por Marcos Lodi:

Uma das coisas mais deploráveis e ao mesmo tempo inusitadas que assola o ser humano é o tal “protocolo do sofrimento”. Se você ainda nunca ouviu falar nesta expressão descubra um dos principais motivos que fazem muitos de nós aderirmos a estas “formalidades”..

O fator neste caso está relacionado à surpresa. Se alguém se surpreende positivamente o olhar desconfiado sempre acompanha. Caso a impressão seja negativa, lá se encontram as críticas e conselhos dos mais variados. Então o que fazer?

As pessoas têm o total direito à felicidade. Porém, basta que vejamos alguém feliz e quase sempre nos decai uma análise contestatória. Geralmente o individuo não tolera ver o outro em destaque e na maioria dos casos também esconde de si mesmo tal sentimento. Uma pena, pois esta sensação é normal. Os seres humanos, desde os primórdios, já possuíam tal reação. Desde que o outro em questão não seja afetado, é até mesmo compreensível a inveja racional.

Portanto para que seja possível aprimorar-te como pessoa, por que não começar a assumir as surpresas como possibilidades e amenizar o instinto invejoso? Este caso não seja possível à cura, torna-se preconceito dos mais repugnantes.

Pare de achar que o mundo segue um protocolo definido. Largue de mão essa restrição a felicidade alheia para que deste modo possa compartilhar, em paz, as suas próprias alegrias.

15 de dezembro de 2010

O valor do sacrifício

Por Marcos Lodi:

Muitas pessoas falam do sacrifício com algo terrível, porém muitas vezes necessário. Hoje quero discutir com vocês a importante utilidade deste artifício na busca pelos objetivos.

É importante frisar que existem dois tipos de sacrifício: O necessário prazeroso e o desnecessário trágico. O trágico vem maquiado pelo “sofrimento inevitável”. As pessoas assumem sua postura “sacrificante” em virtude de alguma coisa que não sabem descrever e visualizar. Acreditam na dificuldade para mostrar ao mundo o quanto precisam de olhares piedosos e holofotes dramáticos. Apresentam um cenário sem entender realmente o significado do que é sacrificar-se.

O segundo modelo é o necessário prazeroso. É conhecido deste modo porque de início mostra racionalidade. O sofrimento é aparente e acaba substituído pelo prazer fruto da certeza de que todo aquele esforço ou privação vale a pena. A crença na vitória é algo tão grandioso que qualquer momento adverso passa despercebido. É a consolidação real e definitiva de que sacrificar-se não é morrer para o mundo e sim pela causa em questão, a fim de conquistarmos metas. Devemos nos matar para realizarmos nossos sonhos, isto é, destruir a sede que muitas vezes possuímos em desejar ver o outro morrendo de pena de nós mesmos ou buscar a todo custo a notoriedade mostrando publicamente o tamanho do sacrifício. Traduzindo: Pare de exibir a sua luta para que não conheçam suas armas.

Procure alcançar suas respostas e êxitos em segredo. O verdadeiro líder não almeja seguidores. Estes é que precisam de um líder e virão até você. Basta que seu sacrifício seja prazeroso pela convicção da sua conquista. Assim, uma palavra tão dolorosa se tornará uma expressão diferenciada consistindo na premiação de todo o seu esforço. Um investimento incrível.

7 de dezembro de 2010

"Cotidianamente"

Por Marcos Lodi:

Neste início de semana, gostaria de incentivar uma reflexão em torno das atitudes que tomamos e nosso cotidiano. O trecho a seguir foi extraído do livro "Como vencer o sofrimento" de José de Paiva Netto.

"Não seja tão rotineiro. Este é um mal que pode corroer seus ideiais. Trata-se de um grande imimigo da evolução humana, adversário da criatividade.

É evidente que não me refiro, por exemplo, aos que vivem o extenuante, e muitas vezes perigoso trabalho nos laboratórios da ciência.

Lá, o que se aplica é método."

1 de dezembro de 2010

A pergunta do internauta

Olá Marcos tudo bem? Parabéns pelo trabalho realizado. Seus textos são realmente incríveis. Gostaria neste espaço destinado ao internauta de pedir a você que nos tire dúvidas importantes sobre métodos cirúrgicos e outros assuntos relacionados a obesidade. Minha dúvida é relativa ao cálculo de IMC.

Um fraterno abraço e continue assim.

O.M.D.S* Barbacena, MG.

Resposta:

Minha querida, obrigado pelas palavras e pela dica. Vou postar abaixo informações importantes sobre o IMC(Indice de massa corporal). No decorrer dos domingos, quero postar entrevistas com cirúrgiões, psicólogos e demais especialistas no assunto. Fique ligada.

Agradeço novamente.

I.M.C (índice de massa corporal)

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal.

Ele foi desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no fim do século XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, ou seja, é um preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial da Saúde.

O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura, onde a massa está em quilogramas e a altura está em metros.

IMC= Massa / Altura x altura

EXEMPLO:

Para uma pessoa com 70 quilogramas de massa, e 1,75 metros de altura, teremos:

70/ 1,75 X 1,75= 22,86

ESTADOS DE MAGREZA:

< 18,5 Magreza
18,5 – 24,9 Saudável
25,0 – 29,9 Sobrepeso
30,0 – 34,9 Obesidade Grau I
35,0 – 39,9 Obesidade Grau II (severa)
≥ 40,0 Obesidade Grau III (morbida)

* O blog mantém em sigilo a identidade dos internautas. Os mesmos são informados sempre antes da publicação para que haja autorização

25 de novembro de 2010

A raiva e suas consequências

Por Marcos Lodi:

Quando se enfrenta um problema jamais se encontrará a solução através da raiva. Tente pintar uma casa com braveza a fim de concluir rapidamente o serviço. O “desconforto mental” ocasionado pelo estado em que você se encontra resultará num trabalho mal feito, pois fica impossível visualizar os devidos retoques tamanha a sua instabilidade emocional.

Este é um exemplo básico, porém na vida enfrentamos situações muito mais difíceis nas quais essa animosidade sempre traz conseqüências ruins para quem se comporta dessa forma. A raiva cega e impede o raciocínio. Um lutador que entra no ringue repleto de ódio geralmente é vítima de seu próprio sentimento. Vira presa fácil, fruto de seu nervosismo exacerbado.

Portanto se deseja vencer a tribulação exclua qualquer instinto de raiva que possa lhe atrapalhar. Não é possível triunfar sem pensar nas atitudes certas a serem tomadas. Não entre feito um touro indomável na “arena diária” que é o seu cotidiano.

Saiba que a atitude define sua felicidade. Aquele que age colocando as idéias em primeiro plano exercitando a razão terá chances, cada vez maiores, de sair vitorioso. Estratégia consiste num conjunto de ações para chegar a determinado objetivo. Onde prevalece a raiva não reside a razão. A coerência é uma busca constante obtida pelo equilíbrio, fator este, fundamental.

20 de novembro de 2010

Prós e contras!!

Por Marcos Lodi:

Dizem que antes de tomarmos decisões importantes é preciso medir os prós e contras. Porém, é necessário frisar que qualquer atitude gera impacto. Toda ação origina reação. Muitos acreditam fielmente na possibilidade de agradar a todos. Isso não existe.

Bancar um ponto de vista é ter a certeza de receber opiniões de apoio e rejeição. O primordial é o auto controle, anexado ao profundo diálogo interno na constituição da ação tomada. Não se preocupe com a reação dos outros sem saber primeiramente como você comportaria. Conhecer-se é o caminho do conviver, pois na sabedoria dos próprios limites está a chave para abrir portas inimagináveis, fruto das relações interpessoais.

Não tenha medo de tomar uma decisão que possa alterar a rota de sua vida. Jamais acredite que agradará o universo. Os meteoros cairão no seu planeta, mas nada que seja visto como o “apocalipse”.

O tempo é maestro de nossa orquestra de sonhos. Seja incisivo hoje para mudar o quadro no futuro. Use o fator cronológico como seu aliado. Entretanto sem assumir uma postura firme e decidida não há possibilidade em triunfar. Temos alergia a crítica, pois detestamos ser contrariados. Pobre daquele que vive dessa forma. Mal sabe a importância de receber uma advertência. Esta, em inúmeras oportunidades, corrige, recicla e se torna fundamental na formação das ações.

O positivo e o negativo existem. O que hoje é avaliado com vistas grossas poderá se tornar um sorriso alegre no amanhã. Tudo depende de quando assumirá realmente uma postura realizadora e disposta a enfrentar as retaliações.

16 de novembro de 2010

A pergunta do internauta

“Marcos, estou aflita. Quero muito fazer a cirurgia de redução de estômago. Tenho 94 kg, 1,58 cm e o médico diz que não preciso fazer o procedimento. Você encaminharia uma paciente como eu?”

G.D.S Salvador, Bahia.

Resposta:

Minha querida amiga, fico feliz pelo seu questionamento. Olha, o que sempre pergunto para as pessoas que desejam fazer a cirurgia bariátrica é se elas tem a noção exata do que significa o procedimento. A cirurgia consiste num método drástico, no qual sua vida mudará completamente pela influência de inúmeros fatores físicos e psicológicos decorrentes de todo o processo.

Além disso, os riscos da cirurgia são reais e não recomendaria um procedimento destes para você. No meu caso, eu estava com 260 kg. Caso não fizesse a redução, eu estava prestes a sofrer um ataque do coração ou coisas similares. Eu não tinha escolha.

Você pode escolher. Eis a diferença. Lute contra o seu problema sem precisa ir ao extremo das soluções. Não é necessário uma bomba atômica para acabar com a guerra. Use armas mais simples sem precisar correr grandes riscos. Essa “bomba” pode se voltar contra ti mesmo. Pense nisso e quero receber o relato de sua vitória.

12 de novembro de 2010

A herança, de fato

Por Marcos Lodi:

O que levaremos deste mundo? A resposta desta pergunta está sempre perturbando a minha mente cada vez que vejo atitudes que demonstram injustiça, preconceito, avareza e violência, fruto da mediocridade espiritual e moral de muitos.

A única coisa que se leva e deixa ao mesmo tempo, quando partimos, são as lembranças. Estas jamais serão apagadas, sejam boas ou ruins. O saldo final de toda trajetória é determinado por nós mesmos, enquanto estamos vivos.

Quando pensar em ferir o outro, pense milhares de vezes. Imagine que a imagem fixada na memória daquele individuo poderá ser a pior possível. Na hora da explosão, pondere alguns segundos para não gerar seqüelas naqueles que amamos. E assim por diante.

Portanto, procure deixar um legado adequado para que sua presença seja sentida quando faltares. Não seja lembrado pelas calorosas discussões, e sim pela facilidade de dialogar. Jesus quando aqui esteve soube extrair o que cada um tinha de melhor. E se tornou o maior ser humano de todos os tempos. Deixou exemplo para que o possamos seguir e, deste modo, deixar nossa própria história escrita no livro das grandes recordações.

8 de novembro de 2010

Mensagem pra você!

Por Leandro do Valle:

A Vida muitas vezes nos prega cada peça...

Nos deixa afastado de pessoas que julgamos essência em nossas vidas.
Dói-nos, magoa, faz sofrer, na maioria dos casos escondidos sem que ninguém nos veja chorando. Lagrimas que não só lavam nossos rostos, mas que purifica nossa alma, pois são sentimentos que nem aos menos sabemos decifrar, mas temos certeza que sentimos.

A única certeza que acalma nosso coração é aquela que nos diz Paiva Netto: “À distância pode separar dois corpos, mas nunca separa dois corações que se amam”.

Esse é o combustível refrigerador das dores, o aliviador das magoas e cessar das lágrimas, pois é a convicção que mesmo longe estarão sempre ao meu lado, ou ainda dentro de mim porque os tragos dentro do meu coração, dentro dos meus pensamentos e no mais puro dos meus sentimentos.

Disse JESUS: “Não se turbe o vosso coração, credes em DEUS, crede também em Mim. (Seg. João, Cap.: XIV, Vers.: 1).

E crendo em JESUS que temos como certo que tudo tem um porquê, um motivo e propósito acima de nossa sã consciência (ainda limitada) humana. Deixemos JESUS nos guiar, que ele o fará como na Fabula “As pegadas na areia” e é só isso que eu peço senhor acolhemos em seu colo, AMÉM!!!



Adorei compartilhar esta mensagem escrita pelo meu primo Leandro. Adorei o texto e decidi publicá-lo no blog. Espero que tenham gostato. Uma ótima semana a todos!

4 de novembro de 2010

Vencer = compreender

Por Marcos Lodi:

A vitória é algo extremamente prazeroso e ao mesmo tempo enigmático. Não se tem dimensão correta do que pode ser considerado triunfo. Estas várias vertentes necessitam de habilidade e são importantes para nossas conquistas.

Quando ninguém consegue enxergar benefício na “aparente” adversidade, faça diferente. Procure analisar e detectar um ponto positivo na situação e logo sentirá o aroma da vitória se aproximando como sintoma de obstáculo quebrado, barreira vencida, tristeza que jamais o derrubará.

Deste modo, tudo que se apresentar como contrário em sua vida ganhará formatos diferenciados devido a grande capacidade adquirida por você no que diz respeito a interpretar o adverso como bênção futura.

Será restaurado triunfante, idealizador e vencedor por atitude. Não terás medo do que lhe sobrevir, pois mesmo que o mundo se acabe, o sentimento de recomeço brotará ainda mais firme no seu coração. E assim, fica inviável para as contradições cotidianas aparecerem no seu caminho. Sua força de reação é muito maior do que qualquer oponente.

2 de novembro de 2010

A fogueira das verdades

Por Marcos Lodi:

Quando defendemos um ponto de vista somos taxativos e muitas vezes não percebemos a profundidade do ato em questão.

De fato, a vida consiste num grande confronto de verdades absolutas onde prevalece quem consegue consolidar a sua. Podemos cometer equívocos, porém estes passam, na maioria dos casos, de forma despercebidas por nós.

Daí acontece o grande embate das verdades. Quando somos contestados apresentamos nosso ponto de vista como ação de resistência e por isso gostaria de advertir o amigo leitor sobre um pecado grave que todos podemos cometer: A falta de argumentos.

Antes de "defender" a sua verdade, arme-se com argumentações consistentes e sensatas. Não se destrua com a precariedade de informações e dados de relevância ímpar na confecção de suas idéias. Caso não faça isso poderá cair na fragilidade intelectual ou no "cômico" do ridículo.

Somente é possível mostrar a sua verdade como absoluta quando se possui a capacidade de reconhecer as possíveis contestações e buscar incessantemente respostas coerentes para responder a altura.

24 de outubro de 2010

Diálogo aberto

Por Marcos Lodi:

Nesta semana, que antecede a eleição, quero pedir licença a você para falarmos um pouco sobre este pleito, decisivo para os próximos quatro anos.

Sempre me referi a coragem neste blog como algo primoroso. Como opositor do medo eu não poderia deixar de manifestar minha opinião mesmo sem a unanimidade, fator absolutamente normal. Por isso, exercendo o direito da democracia, arduamente conquistada ao longo de nossa história, gostaria de convidá-lo a refletir.

Uma eleição não pode ser vista com olhares de desinteresse e “obrigação” de ir às urnas. Escolher quem nos representará está em nossas mãos e a escolha, feita inconscientemente, pode deixar seqüelas irreparáveis no futuro. No caso da disputa presidencial, temos dois lados bastante definidos.

Vamos verificar pelo âmbito da continuidade os fatos ocorridos nos últimos oito anos. O Brasil possui um adjetivo valorizado na atualidade que vivia em direção oposta no passado: Somos respeitados pelo mundo e deixamos a visão de “grande nação pobre” para trás.

Tudo isto só foi possível graças ao líder de todo este processo. O presidente Lula teve papel determinante na construção da pátria respeitada e hoje ainda mais admirada. Nosso “operário” dirige a nação reconhecido pelo povo e pelo planeta como extraordinária liderança. Fico triste quando muitos “não conseguem” dar o braço a torcer e afirmarem a si mesmos o óbvio.

Se Lula tem crédito com os brasileiros por que não confiarmos nele? Eu era militante “ante-Lulismo” e dizia todas as bobagens sempre plantadas em cada eleição pelos então governistas. Acreditava que o Brasil se tornaria uma nação sem rumo, regada a uma nova ditadura, pressões de um único partido, alteração na cor da bandeira para o vermelho, etc. Eu tinha medo e graças a primeira gestão de Lula eu reciclei muitos conceitos e admiti meus equívocos.

Hoje o medo deu lugar à esperança somada a persistência em buscar um futuro mais justo. Ferramentas não faltam para quem deseja vencer. Isso é notório.

Deixemos o receio dos medrosos e vamos eleger a primeira mulher presidente do Brasil. Faremos história, escreveremos uma era e daremos um novo voto de confiança àquele que mudou minha visão política e ficará para sempre na memória de muitos de nós. Dilma Roussef não é um “nome” criado por Lula. É, na verdade, alguém que sofreu na pele as dores da ditadura, se preparou com muita competência e vai transformar os sonhos de milhares de brasileiros em realidade.

A verdadeira democracia é aquela que nos proporciona oportunidades. Que não se perca esta chance em nome da pátria amada por mim e por você, chamada Brasil!




Na próxima segunda-feira, dia 1° de novembro, voltaremos com um novo texto neste blog dando continuidade a este espaço feito para você. Divulgue esta mensagem de reflexão e um bom exercício de democracia no próximo dia 31.

22 de outubro de 2010

Da Série "Textos interessantes"

Atire a primeira flor

Por Glácia Daibert

Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz,
traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso;
talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que
compreenda, de braços que confortem;

Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro
sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho,
seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo,
corrigindo-se a si mesmo;

Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa,
talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja;

Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se,
primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último;

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la;
quando a flor se sufocar na urze e no espinho,
que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga,
a afagar a pétala, a acariciar a flor;

Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave;

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção
e primeiro abrigo.

Se o pão for apenas massa e não estiver cozido,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra.
De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro;
dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu;
sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido;
Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém;

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor;
seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta,
compreendendo que o perdão regenera,
que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita,
que o entendimento reconstrói.

Atire você, quando tudo for pedra,
a primeira e decisiva flor

19 de outubro de 2010

Cuidado com a morte

Por Marcos Lodi:

Quando você dorme a única certeza evidente é que não sabe se irá acordar. Acalme-se, não estou querendo te apavorar, mas sem dúvidas, é uma evidência comprobatória. Por isso hoje quero falar dos receios de morrer. A maioria das pessoas que não teme a morte comporta-se dessa maneira pelo seu “constante falecimento diário”.

Tal fato ocorre pela inércia, "fiel" companheira de todas as horas. Nada se faz para alterar o quadro resultando em absoluta apatia, feito um cadáver, entretanto vivo. Ao deitar-se o sono vem logo e a certeza de que nada se concretizou.

O mais importante é perceber que todos os dias acordamos com inúmeras oportunidades. Pecam fatalmente as pessoas que não conseguem visualizar isso e deixam a vida levar no pior aspecto da frase. Surge o novo amanhecer e as idéias continuam escondidas. O pôr do sol é sinal de alivio porque a hora de descansar está chegando.

É preciso acrescentar que a rotina diária não tem culpa neste estado. A questão está relacionada às atitudes e os objetivos que possuímos. O que você tem feito para concretizar suas metas e quais são elas? Permita-se descobrir isso e “ir a luta” ou então viverá para morrer todos os dias.

Independente do horário da leitura deste texto, o essencial é analisar e consolidar na sua mente o conceito de que está por vir o melhor dia de toda a sua existência. Faça-o acontecer, persista e no final de toda essa jornada descansará pronto para começar um novo ciclo cotidiano. E assim, viverá intensamente para grandes vitórias!

17 de outubro de 2010

Vamos reagir

Por Marcos Lodi:

Definir o próprio destino é fruto de sua reação. A capacidade de perceber qual é a resposta correta para resolver o problema é a nossa grande e desafiadora dificuldade.

As reações são diversas, se abrindo para você como leque de opções, sendo boas ou ruins. Podem vir de forma pacificadora, incisiva, violenta, amável e até mesmo estática, quando ficamos no estado conhecido como “sem reação”.

A capacidade de solucionar um dilema está na sua forma de responder a ele. Quem consegue pensar antes tem a vantagem de elaborar alguma coisa, mesmo que não seja a medida mais acertada. Esta reflexão, mesmo que rápida, define o rumo das questões que fazem parte de seu cotidiano. Não tenha receio em relutar um segundo e analisar o que foi apresentado.

As soluções aparecem nessas horas. Sempre quando assumimos esta postura defensiva “preparando melhor” as nossas reações, estas ficam visivelmente mais racionais e não fogem ao seu auto controle.

Reagir de forma turbulenta e avassaladora cria um leão indomável dentro de você. Um animal irracional que mesmo com tanta braveza vira presa fácil na mão do prudente caçador.

Não seja refém de si mesmo para que as situações não te dominem. Podemos considerar o fator reação, na verdade, como termômetro que medirá fielmente o grau de instrução que você segue.

16 de outubro de 2010

Disciplina: Um fator fundamental para a vitória

Por Marcos Lodi:

Só consegue vencer uma empreitada quem assume a responsabilidade em dedicar-se fielmente a ela com disciplina. Doutrinas são palavras ao vento onde não existe o auto compromisso. Para que isto seja possível, disciplinar-se é fundamental.

Quem se comporta dessa forma reage bem a aplicabilidade. É ajustável e flexível em todos os momentos porque sabe compreender as coisas ao seu redor. Quem detém disciplina não deve ser visto como subordinado. Pelo contrário. Segue com maestria e se torna expert em convivência. Planta ensinamentos e colhe sabedoria com o bônus fantástico da experiência.

E atenção: Abster-se não traduz totalmente a disciplina. Esta vai muito além, pois consiste num conjunto de fatores permitindo a troca de conhecimento nos quais a abstinência é importante porém nunca fator exclusivo. Citaria também o comprometimento e principalmente a ordem. O disciplinado vence a guerra no erro do adversário pela capacidade de se entregar à causa com organização. Grandes estratégias e vitórias nascem nestes momentos.

Não tenha restrição à instrução. Seja coerente com o seu próprio objetivo. Duas das melhores sensações existentes na vida são as de dever cumprido e da casa arrumada. Ambas dão muito prazer.

15 de outubro de 2010

Ser natural

Por Marcos Lodi:

Vivenciar situações com naturalidade é algo que parece fácil, porém nada disso. Basta que as coisas fujam de nosso controle e ou aconteçam fora da nossa “ordem cronológica”, para demonstrarmos reações de adversidade e rejeição.

Viver naturalmente não é deixar o mundo girar e aguardar passivamente os rumos da história. Consiste, na verdade, em manter o equilíbrio todas as horas, sejam de extrema alegria ou infelicidade. É o caminho para vencer a ansiedade e entender todos os acontecimentos ao nosso redor.

Pessoas com estas características não podem ser consideradas “frias”. São na verdade práticas e focadas no seu objetivo. Onde existe foco reside a naturalidade e juntos tornam o ser humano prudente e capaz de vencer desafios.

Exercite ser natural e reagir bem a todas as privações. Tudo o que nos ocorre é para nos corrigir e preparar corpo e mente para vencer obstáculos futuros. Por isso, use e abuse da naturalidade para não transmitir seus medos a ninguém e solucionar seus conflitos internos. O preparo do homem está na sua capacidade de entender o mundo e o lugar que ocupa.

11 de outubro de 2010

As armadilhas do passado

Por Marcos Lodi:

Aos que desejam sair de uma situação adversa, uma dica importante: Pare de lembrar do que já se foi. O passado é a única arma invisível que pode destruir-lhe. Basta recordar de um equívoco cometido e volta a depressão. Todos nós podíamos muito mais do que fizemos. E o novo amanhecer vem com este objetivo: Propiciar um horizonte “virgem”, repleto de oportunidades, onde somente você decidirá o que fazer.

Não tenha medo do futuro. Só escreve um passado brilhante quem faz do seu hoje um novo amanhã. O passado remói e o futuro se faz. Daí, a importância de modificar o agora. Comece hoje, não perca tempo! Trace novas perspectivas e movimente-se. Isso é a tal da felicidade. Saber que está melhorando e se recuperando heroicamente.

Quando estava obeso mórbido, cheguei num determinado instante que agradecia a Deus por cada quilo adquirido. Eu consegui enxergar que quanto mais pesado eu estava, maior seria minha vitória. Entretanto, acalme-se: Não estou dizendo que eu engordava de propósito. Mas quando me vi naquela situação, na qual somente a cirurgia bariátrica poderia me salvar, resolvi encarar a dor como correção pessoal. Passei a ignora-la mesmo quando ela parecia forte. Na verdade, quem ficava mais perseverante e imbatível era eu. Desse modo, a doença me trouxe vitórias que jamais conquistaria sem a privação.

Por isso, chegou a hora de combater a dor com a indiferença. Deixe ela bem num canto, isolada, e sem lugar para se destacar em sua vida. Logo, a dor se transforma num lindo testemunho, fruto de um novo futuro que começou a ser escrito hoje. Vamos à luta!

9 de outubro de 2010

Esqueça os gráficos

Por Marcos Lodi:

A sociedade insiste em dizer que os resultados só aparecem quando existem números. Esta afirmação é comum para demonstrar sucesso ou fracasso em diversos âmbitos. Se você começa um tratamento para emagrecer, por exemplo, a primeira pergunta feita é: Quantos quilos perdeu?

Sempre convivemos com essa matemática absurdamente cega que nos priva de visualizar o melhor dos resultados. Para quem está sem ingerir bebida alcoólica ou fumar, o questionamento é o mesmo: Há quanto tempo não bebe ou fuma?

Gostaria de refletir sobre a possibilidade de alterar um pouco o curso destas indagações. Por que não perguntar: “Está se sentindo bem? Consegue perceber a melhora?” Estes questionamentos são os mais simples e que geram melhores resultados no aspecto da auto afirmação.

Não fique preso aos números e contas mirabolantes. Se você focar primeiramente essa matemática ao invés do bem estar, seus resultados podem sofrer alterações significativas. Pense nos objetivos alcançados sem ficar lembrando de critérios como tempo e abstinência. Avalie sua qualidade de vida. Verifique se os resultados internos são os melhores possíveis sem usar a calculadora. Sua cura não é pelo que apresentar num papel, mas sim no que demonstrar para as pessoas ao redor através do seu comportamento.

Esqueça o relógio e a balança. Viva intensamente cada dia, vencendo obstáculos e desafiando seus próprios limites físicos e psíquicos. Quando menos esperar, ouvirá declarações maravilhosas e espontâneas de pessoas que começarão a notar seu êxito sem você precisar apresentar nada que comprove seu tratamento. Não existe nada melhor do que o tempo e a ordem. O tempo passa para todos de maneira igual e a ordem organiza suas ações para colher o melhor resultado possível dentro deste período.

Priorize o que sente e não o quanto resistiu. Saiba exalar um belo perfume e todos perceberão a beleza da flor. Não precise mostrar nada a ninguém. Onde há riqueza dos gestos reside a perfeição para os homens.

6 de outubro de 2010

A novidade

Por Marcos Lodi:

Hoje quero falar sobre algo que gera restrição e adoração: O novo! Toda novidade é encarada com esperança, medo ou sentimentos semelhantes. Esta variedade é fantástica, porém ao mesmo tempo requer uma posição firme e consolidada a fim de fazer com que o “novo” tenha efeito.

Na minha opinião, restrições a inovação podem ocasionar problemas significativos. Não se consegue sair de um status quando não se tomam atitudes pioneiras. Estas, quando avaliadas com desconfiança e repreendidas, se tornam ações inacabadas, ciclos que não possuem continuidade.

Muitas vezes para progredir é preciso dar oportunidades as novas perspectivas. Que possamos analisar e compreender os acontecimentos verificando o teor de ousadia, isto é, qual é a possibilidade de obter um resultado diferenciado e necessário.

Desta forma veremos que o “novo” não dói nem derruba os conceitos. Apenas recicla os pensamentos e nos prepara para o futuro.

5 de outubro de 2010

Amigos internautas

Após a fase eleitoral, regada a muito trabalho, estarei novamente postando os textos do blog de forma mais contínua. Peço desculpas a você pelas intercorrências profissionais que me obrigaram a escrever de maneira mais intercalada neste espaço.

Vamos continuar a compartilhar experiências e aguardo seu comentário, mais do que bem vindo.

Um grande abraço a todos e felicidades sempre!

Marcos Lodi

30 de setembro de 2010

O valor do não!

Amigo leitor: NÃO pense num cavalo branco! Tudo bem, sei que já pensou instantaneamente. Não se preocupe, é apenas um exemplo. Vou te explicar melhor por que isso acontece.

Os seres humanos, desde os primórdios, lutam de forma incessante contra a partícula negativa. Ao longo da história, quantas afirmações de síntese contraditória o homem não recebeu? Foi dito que jamais conseguiria voar, não seria possível pisar na Lua, não existiria cura para a febre amarela, entre tantas outras passagens. Foram inúmeros não’s. Mas por que eles contestaram, com suas ações, essa “verdade” apresentada? Conviver com o “não” é ato constante em nossas vidas. O uso da expressão gera caráter de improbabilidade total. Daí começamos a perceber o “X” da questão.

Existem dois tipos de pessoa: A que absorve este improvável com a conformidade e a que origina, no mesmo improvável, um desafio a ser conquistado.

No primeiro caso, a situação realmente é bem simples na resolução. A palavra “não” entra de forma tão avassaladora a ponto de criar um feedback instantâneo no indivíduo. O “não” é respondido com os famosos “tudo bem”, “a vida é assim mesmo”, “fazer o que?” O comportamento é absolutamente estático e inofensivo. Com isso, nesta situação, o ser humano condizente com a negação é refém de toda e qualquer dificuldade. Ele não vê perspectiva em contra-atacar a turbulência. E o pior: Se esquece de que NÃO existe problema sem solução.

Eis a diferença para o segundo caso. Neste, ouvir um “não” como resposta é quase fundamental para alcançar objetivos. É o combustível faltante para alavancar um novo empreendimento ou ir até o fim para conquistar o, até então, “impossível”.

Porém, se você pensa que já leu tudo a respeito do tema de hoje, aí vai uma observação pertinente: Saiba discernir o “não” como obstáculo daquele que indica o melhor caminho. É isso mesmo. Existem não’s que nos fazem bem. Pense numa criança quando quer fazer determinada peraltice e os pais repreendem. “Você não pode fazer isso” vira expressão de conforto e segurança. É o chamado “não” benéfico. E isso é dirigido aos adultos também. Por isso a vida é este exercício de sensibilidade constante.

É indispensável tirar cinco minutos do seu dia e meditar. Descobrir o que é certo e o que “não” é proveitoso é o nosso grande desafio. Não resistir muitas vezes é o caminho para vencer. Pense na água, por exemplo. Não opõe resistência, todavia pode arrebentar uma rocha e arrasta tudo o que se colocar a sua frente.

Portanto saiba absorver o “não”. Filtre sua mente, se ligue que este é o melhor dia da sua vida e nada poderá impedir sua vitória. Negue as derrotas da mesma maneira que você se conformava com elas. E saboreie, nestas adversidades, grandes realizações. Não seja teimoso, mas também não seja inerte. Não desista de você mesmo!

22 de setembro de 2010

Da Série "Textos Interessantes"

Resiliência: uma porta de saída do espiral de sofrimento

Autora: Psicóloga Valéria Rocha

É comum ouvir questionamentos do porquê algumas pessoas oriundas do mesmo núcleo familiar e social apresentam respostas diferentes frente às mesmas dificuldades e sofrimentos.

Para responder esta questão devemos entender alguns conceitos da física – a resiliência na física se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. Após a tensão cessar poderá ou não haver uma deformação residual causada pela histerese do material - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que verga-se até um certo limite sem se quebrar e depois retorna à forma original dissipando a energia acumulada e lançando o atleta para o alto.

Riecken (2006) afirma que resiliência é a capacidade de reverter uma situação adversa, de usar a força contrária de um dado evento a seu favor, de recuperar-se. A pessoa resiliente conta com uma força interna para restabelecer de pequenos ou grandes reveses. A psicologia adotou este conceito para compreender este fenômeno.

O psiquiatra, Victor E. frankl (1905-1997), é um grande colaborador do existencialismo e foi um exemplo de resiliência ao sobreviver o holocausto com dignidade, sabedoria e perdão, enquanto prisioneiro sofreu todo tipo de humilhações, porém libertado tornou-se um dos maiores cientistas contemporâneos e humanista, criou a logoterapia e seus livros já foram traduzidos em mais de 24 línguas e reimpresso 73 vezes.

Cada indivíduo é um fenômeno único e concebe a realidade tal qual ela se apresenta, mas para levá-lo a raiz de sua essência é preciso chegar aonde ele se encontra e começar por aí. Por isso, nós psicólogos existencialistas acreditamos que a resiliência pode ser uma característica estimulada desde a primeira infância, mas em caso negativo nunca é tarde para desenvolver esta habilidade e passarmos de vítimas à sobreviventes.

Para esta travessia devemos descontruir desilusões e frustrações, para atravessar com êxito as situações limites que exigem de nós, perseverança, coragem, otimismo, criatividade, autoestima, mobilização interna das defesas e competência emocional e afetiva, para lidar com as pressões cotidianas como o estresse, por exemplo. Acredite na superação, o bambu pode envergar, mas romper-se jamais!


DEZ HABILIDADES A SEREM ESTIMULADAS


1. FLEXIBILIDADE – abertura interior para o novo;

2. VONTADE DE FAZER MELHOR e participar da transformação da sociedade – disposição à descoberta e desenvolvimento de novas formas de ser, fazer e pensar;

3. TOLERÂNCIA A TENSÃO – criar sob tensão é uma capacidade a ser exercitada;

4. FIRMEZA/clareza de finalidades – é mais fácil enfrentar uma situação adversa quando se sabe aonde se quer chegar;

5. AFASTAMENTO da revolta e autocompaixão – sair do atoleiro que faz o indivíduo não crescer, não aprender, não enfrentar os desafios da vida;

6. REFLEXÃO crítica, positiva, ampla e preservativa;

7. SUBLIMAÇÃO por meio da arte, lazer, humor, atividade física – situações que reforcem a autoestima, identidade e com isso, seu protagonismo social;

8. CAPACIDADE de reiniciar – começar do zero e refazer-se de fatos frustrantes.

9. CAPACIDADE de agregar, dar e receber;

10. TOLERÂNCIA com os limites, erros e características próprias e dos outros – aceitar os erros para que não tentemos escondê-los, negâ-los ou suprimi-lo violentamente.

Fonte: Revista Viver Psicologia, nº 116, 2002.

Referências bibliográficas:

RIECKEN, Claudia, Sobreviver – instinto de vendedor, Saraiva, 2006.
ZOMIGNANI, Maurício, Invulneravél, não: resiliente, Revista Viver Psicologia, ano XI, nº 116, pg 31, 2002.

17 de setembro de 2010

Da série "Textos interessantes"

E um dia você aprende que...

Por Veronica A. Shoffstall:

Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença
entre segurar uma mão e acorrentar uma alma,

E você aprende que amar não significa apoiar-se
e companhia não quer sempre dizer segurança,

E você começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.

E você começa a aceitar suas derrotas
com sua cabeça erguida e seus olhos adiante,
com a graça de adulto, não a tristeza de uma criança,

E você aprende a construir todas as estradas hoje
porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos,
e futuro tem costume de cair em meio do vôo.

E depois de um tempo você aprende
que até mesmo a luz do sol queima se você ficar exposto por muito tempo.

Então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que você realmente pode resistir...
que você realmente é forte e que você realmente tem valor

E você aprende e aprende...
com cada adeus, você aprende.

14 de setembro de 2010

Não podemos triunfar sempre!

Por Marcos Lodi:

Esta é uma afirmação das mais verdadeiras. E muitos de nós insistimos em contesta-la. Desejamos vencer sempre, humanamente natural, porém esquecemos de que perder também é arte maravilhosa no exercício da convivência.

Não tenha medo de dizer que errou. Seja prudente em avaliar as recaídas como advertência, mas sem martirizar. Não empreste importância demais para certas coisas para que elas não o intimidem. Sair derrotado da batalha é o prenuncio da necessidade de mudança para vencer a guerra. Nem todos os dias serão “nossos dias”, ao mesmo tempo que a segunda chance deve compensar a primeira e todos têm direito a ela.

O segredo dos vencidos, que posteriormente se tornam vencedores, está na capacidade de reconhecer defeitos. O prudente admite os vícios, sem realça-los, mas num diálogo íntimo. Conhecendo suas limitações descobre suas virtudes e monta sua estratégia de guerra. Levando para o lado prático, a privação é um belo caminho para regozijar. Nela tiramos lições maravilhosas sobre nossas próprias restrições.

Saiba tirar proveito das aflições. As páginas vitoriosas da vida de grandes idealizadores mundiais começaram a ser escritas no mais profundo contato com a adversidade. Pense nisso!

9 de setembro de 2010

Renascer: Está dentro de você!

Por Marcos Lodi:

Quando termina a jornada diária, sempre nos vem o cansaço natural e aquela vontade de repousar. Afinal, vivenciamos diversos momentos num misto de sentimentos originados das situações cotidianas. Porém, muitas vezes, nos esquecemos do sentido real de “encerrar o dia”. O que você fez ontem? Quais as perspectivas para hoje? Está com medo de planejar? Você pode me responder: Ora, mas é só um dia. E daí? Pois bem, este é o grande problema.

Os grandes vícios se iniciam nas pequenas permissões. Deixar á deriva 24 horas da sua existência é muito grave e pode gerar seqüelas irreparáveis. Saiba que existem milhares de pessoas que gostariam de possuir este tempo concebido á você, mas isso não é possível. “Meu Deus, se tivesse mais um dia, resolveria aquele problema!” Essa é uma expressão ouvida constantemente.

Portanto, comece a valorizar o seu dia. Em poucas horas o hoje será ontem e nada poderá ser feito. As oportunidades amanhecem como cada alvorecer. Elas estão a poucos centímetros da palma de sua mão. Em contrapartida, se posicionam a milhas do seu subconsciente. E a culpa é sua! Pare de conduzir seu dia como quem carrega um fardo. Lembre-se de que sem este “fardo” você não existe. Resistir à monotonia é um inferno por que causa uma espécie de tormento. Veneramos a comodidade e agradecemos a Deus por ela. Ele, na sua infinita sabedoria, tem piedade e misericórdia de nós. Pois somente a clemência divina para aturar tanta inércia.

Que você possa ressurgir neste novo dia, não como alguém desejando ser um vaso novo. Está na hora de encher este vaso de esperança, vitórias e realizações. Chega de reformas. Tenha a sua ressurreição definitiva e saboreie uma vida próspera e feliz.

4 de setembro de 2010

Da série "Textos interessantes"

Mala

Psicóloga Valéria Rocha:

Quantas vezes andamos por aí com uma enorme e pesada mala repleta de tristezas e desilusões, expectativas e frustrações, ilusões fracassadas por relacionamentos destrutivos e vãs expectativas, carências e feridas remoídas de abusos e sofrimentos. O corpo estanca, as forças vão se diluindo, pior quando também carregamos o mundo nas costas.

E daí, vem à pergunta. O que fazer?

Simples seria abrir a mala e ir jogando fora o que não serve mais, porém, nos esbarramos numa coisa chamada, identidade e o sentido atribuído neste peso.

A identidade pessoal é construída ao longo da trajetória, começa na infância quando a criança vivencia, explora sensações e percepções do ambiente a sua volta até descobrir-se um ser diferenciado do outro. É como se olhar no espelho e ver sua própria imagem refletida, eu existo!

Mas, se este processo não é bem elaborado com pais e familiares que não oferecem conforto, bem estar, segurança, amor e possibilidade de ser enxergada nas suas próprias necessidades, não pelas alheias, uma parte deste EU tende a ficar preso e sem muitos recursos para adquirir autonomia.

Contudo, a existência é tão cheia de surpresas e contradições que mesmo se as dificuldades acima não se aplicar a você, talvez um evento peculiar altere o seu senso de valor e autonomia e quando menos perceber coisas inúteis já estão sendo depositadas.

Até que ponto os entulhos desta mala já não são parte de nós? Para cada um há um sentido, as vantagens e desvantagens de manter ou retirar o que sufoca e não serve mais.

Para isso contamos com o autoconhecimento e o bacana será quando (re) aprendemos a substituir aquela imensa mala por uma pequena bagagem de mão levando tão somente nossos sonhos e perspectivas de novos horizontes.

É uma escolha possível, isso significa caminhar com amor próprio e liberdade.

Dica: Acesse o blog da Psicóloga Valéria Rocha. O endereço é: http://www.valeriapsc.blogspot.com/

2 de setembro de 2010

Um filme real

Por Marcos Lodi:

Todos os dias estamos sujeitos ao sucesso. Ele bate a nossa porta a cada segundo e a capacidade de perceber a sua presença é o grande desafio que nos cerca.

Fatos ocorrem rapidamente. Acontecimentos que mudam nossas vidas se tomarmos atitudes que nos favoreçam. Mas como saber o que fazer?

Basta analisar o cenário para distinguir o final de qualquer filme. Se tenebroso torna-se trama de terror. Por isso observe os “personagens” que compõem a sua trama e escreva um desfecho maravilhoso e promissor.

A vida é um confronto de verdades onde vence quem consegue comprovar a sua como absoluta. Faça valer os fatos transformando-os em vitórias.

31 de agosto de 2010

Quanto tempo faz

Por Marcos Lodi:

Após este pequeno intervalo estou de volta para falar sobre o tempo. Quanto tempo faz que não “nos falamos” através do blog? Uma semana, vista por mim como período longo devido nossa relação intensa através da troca de experiências, algo que marcou este espaço.

Pois bem, e você o que tem feito do seu tempo? Tem administrado de forma correta. Confesso que tive tanto trabalho que me “faltou tempo’ para escrever. Pura tolice minha, pois, na verdade, eu não tive a capacidade de dividir meus segundos preciosos e dedicar alguns deles a minha escrita.

Portanto vamos começar a gerir melhor nosso tempo. Existem momentos para todas as ocasiões. Tempo para trabalhar, escrever, elogiar, criticar, descansar, amar. Por que não tirarmos um tempinho para dizer aquela pessoa importante o quanto a amamos?

Talvez não tenhamos tempo para fazer mais isso. Descobri nesta experiência intima que trabalhar é importante e a capacidade adquirida de dosar as ocasiões através do tempo é que nos fará viver de forma saudável.

Pense um minuto sobre isso!

26 de agosto de 2010

Da série "Textos interessantes"

A lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

(Oswaldo Montenegro)

20 de agosto de 2010

A guerra pioneira

Você se acha um fracassado? Vamos refletir um pouco sobre isso. Quando você estava sendo concebido travou a primeira e mais importante batalha da sua vida. Venceu adversários fortes graças a sua persistência que foi a mais poderosa. E por isso está aqui.

Naquela batalha eram milhões contra ti. Estavam desorganizados, entretanto consistiam na maioria. Você os derrubou e chegou ao primeiro lugar, impecável, destemido e glorioso.

Hoje temos a velha mania de reclamar de tudo e nos acharmos insignificantes. Muitos acreditam, por diversas vezes, nascerem perdedores embora ignorem o fato veemente de que somente através da guerra de espermatozóides vencida por cada um tenha sido possível o surgimento.

Você que se encontra triste, saia deste estado deprimente. Tu és tão vencedor quanto qualquer outro. Triunfou na mesma guerra, saiu aclamado pelo seu êxito através de um momento raro chamado parto.

Como enfrentar a vida? Pergunte como derrotou a morte quando a precisou no intuito de vir ao mundo. Não envergonhe os milhares de espermas que morreram em virtude de sua capacidade de assumir riscos. Parabéns pela sua conquista e desfrute deste bônus maravilhoso que este planeta lhe oferece todos os dias.

E agora, ainda se sente um perdedor? Reflita!

19 de agosto de 2010

Deus não castiga ninguém

Por Marcos Lodi:

Quando conversamos com Deus pedimos a Ele tudo de melhor, infinitas bênçãos, fortuna, triunfos sentimentais e tantas outras coisas. Muitas vezes, esquecemos algo primordial e extremamente valioso: Pedir a Deus o perdão e que nos guarde do “toma lá da cá” diário ao qual estamos sujeitos. Achou complicado? Então vamos entender como funciona.

Digamos que você minta ou simule alguma coisa para alguém. Tenha certeza de que cedo ou tarde encontrará alguém que te faça o mesmo. E isto é referente também a outras situações, envolvendo traição, agressão e morte, por exemplo.

Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você. Eis a lei da ética e o caminho definitivo para que a mão de Deus deixe de direcionar a sua vida permitindo que sofra as conseqüências para se reciclar. Uma forma de aprender diferenciada, dolorosa, embora inúmeras vezes necessária para que outras tragédias não ocorram.

Deus não castiga ninguém. Jamais amaldiçoará uma pessoa. Somos nós mesmos que procuramos a tormenta, punindo nosso próprio ser. Que não sejamos mais assim. Que não seja mais permitido a nós mentir, esconder coisas aparentemente insignificantes, “mentirinha boba”, daquelas onde nos colocamos no trabalho e na verdade estamos a passeio.

Que não possamos transformar de maneira alguma as pequenas coberturas em inverdades grandiosas e absolutas. Vidas infelizes se originam e são levadas dessa forma. Não queira existir neste mundo para isto. Se apegue a Deus e a ética que Ele nos deixou como legado. E cuide-se!

17 de agosto de 2010

Decisão: Você tem a chave!

Por Marcos Lodi:

Por inúmeras vezes, sentimos medo de fazer o certo. Agimos e pensamos de formas distintas, mesmo sabedores de que o melhor caminho não era o que foi, em muitas vezes, seguido. Embora seja difícil admitir, é notório que este comportamento não fica restrito a teimosia, mas também ao perfil do tolo.

Quando nos deparamos com qualquer adversidade, as “nuvens” do certo e do errado nos rodeiam. Avaliando o problema, na maioria dos casos, as pessoas descobrem as melhores atitudes como se encontrassem a chave de um tesouro. Porém, basta que esta sabedoria seja colocada em prática para assistirmos os mesmos milhares de descobridores serem engolidos pela sua própria ignorância, desenvolvida pelo medo.

Não seja insistente e caçador de erros. Todos os dias as verdades são desvendadas e mistérios chegam ao fim. Soluções para depressão, desemprego e outras privações são levantadas a todo o momento. O problema se origina na incapacidade de muitos indivíduos tomarem as devidas ações.

Se conseguiu detectar a chave de seu dilema, mude o quadro e comece a colher resultados positivos. Estados como a dor, angustia e sofrimento podem se alterar constantemente e se transformarem em grandes vitórias. Faça o que precisa ser feito porque você sabe qual rumo tomar.

16 de agosto de 2010

A hora certa

Por Marcos Lodi:

Qual é o seu ritmo de vida? Trabalha muito todos os dias, aquela obrigação diária e preocupação permanente em querer o melhor para a família. Enfim, somos seres que vivemos em estado constante de estresse e preocupados com tantos afazeres. É assim que devemos levar a vida?

Quantas vezes, nos últimos dez dias, você deu um abraço naquelas pessoas consideradas importantes para ti? Em quais ocasiões se lembrou de dar um beijo na mãe, cumprimentar o pai, conversar com os filhos, ouvir a esposa e o marido por uma hora pelo menos? Geralmente, estas perguntas são difíceis de serem respondidas.

Não perca tempo. Pegue o seu telefone e ligue para quem você ama. Se a distancia não “impedir”, corra até o local onde eles ou elas se encontram e faça o que precisa ser feito. O tempo é o mesmo para todos nós, mas os contratempos da vida nos pegam de surpresa e quando achamos que haverá o momento “exato”, assim designado por nós, eis que as coisas saem da rota.

Não deixe de dizer que ama. Não deixe para amanhã aquela demonstração de carinho tão aguardada pelas pessoas que jamais imagina. Faça valer a pena viver. A maior razão de nossa existência é saber que podemos receber gestos de amor a qualquer momento.

11 de agosto de 2010

Velocidade e decisão

Por Marcos Lodi:

Tomar decisões consiste em algo fundamental para qualquer ser humano. Muitas vezes aquele ponto de interrogação se posiciona sob nossas cabeças e custamos a elimina-lo dos pensamentos.

Refletir exige sabedoria mas também a velocidade. O saber ágil desmorona qualquer fracasso. Quantas vezes já escrevi sobre a importância do raciocínio e da prudência? Foram inúmeras. Porém, não se pode confundir o comportamento prudente com o inerte.

Comece a refletir de maneira precisa e veloz. “Treine” bastante este exercício que não é dos mais fáceis. Entretanto, quando conseguir de fato unir estes dois artifícios, sua capacidade de compreender o mundo e tomar atitudes brilhará intensamente, se destacando entre todos ao seu redor.

Faça o teste e descubra seu “velocímetro mental”.

9 de agosto de 2010

Da série "Textos interessantes"

Recomeçar


(Paulo Roberto Gaefke)

Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...

Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...

Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a
pintar... desenhar... dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho? besteira...
tem tanta gente que você afastou com
o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.

Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.

Onde você quer chegar?
Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...

Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e
principalmente lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental...
jogar fora tudo que te prende ao passado...
ao mundinho de coisas tristes...
fotos... peças de roupa, papel de bala...
ingressos de cinema... bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...

jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas
e muitas vezes... afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...


Uma boa semana a todos!

6 de agosto de 2010

Qual é o preço que você paga?

Por Marcos Lodi:

Pagamos um preço todos os dias. Acordamos sabedores de que ao levantar da cama estaremos sujeitos as mais variadas situações no cotidiano. Existe a convicção de que o bom dia “retruncado” pode custar uma discussão logo pela manhã. “Por que você não me deu bom dia direito?”, “acordou de mal humor hein?” Quantas vezes não ouvimos isso das pessoas próximas.

Portanto esteja sempre preparado a pagar o preço certo pelos seus atos. Numa mesma jornada diária acontecem inúmeras situações em que nossa capacidade de assumir riscos e custear atitudes é testada. Dessa forma, para que as chamadas “grandes decisões” sejam tomadas da melhor forma possível, você já terá feito uma preparação bastante interessante através destas passagens consideradas por muitos como simples e corriqueiras.

Haja com naturalidade e comece a avaliar a relação “custo x benefício” de tudo o que será feito, dito ou traçado para o resto de seus dias. Somente com esse balanço íntimo poderá ser adquirido o auto controle necessário para nascerem as grandes conquistas.

Tome essa postura sem medo. Pague o preço e viva uma vida melhor.

5 de agosto de 2010

Da série "Textos interessantes"

Pai Nosso

Por Edmilson Duarte Rocha:

Será inútil dizer
"Pai Nosso"
se em minha vida não ajo como filho de Deus,
fechando meu coração ao amor.
Será inútil dizer
"que estais nos céus"
se os meus valores são representados pelos bens da terra.

Será inútil dizer
"santificado seja o vosso nome"
se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.

Será inútil dizer
"venha a nós o vosso reino"
se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades.

Será inútil dizer
"seja feita a vossa vontade aqui na terra como no céu"
se no fundo desejo mesmo é que todos os meus desejos se realizem.

Será inútil dizer
"o pão nosso de cada dia nos dai hoje"
se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome.

Será inútil dizer
"perdoai as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos devedores"
se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar
aos que atravessam o meu caminho.

Será inútil dizer
"e não nos deixais cair em tentação"
se escolho sempre o caminho mais fácil,
que nem sempre é o caminho de Deus.

Será inútil dizer
"livrai-nos do mal"
se por minha própria vontade procuro os prazeres materiais,
e se tudo o que é proibido me seduz.

Será inútil dizer
"Amém"
porque sabendo que sou assim, continuo me omitindo
e nada faço para me modificar.


* Deseja ter o seu texto publicado nesta seção? Mande um email para quandoeprecisoreagir@yahoo.com.br

Teremos o maior prazer em postar seu trabalho.

3 de agosto de 2010

A trama da Anorexia e Bulimia

Psicóloga Valéria Rocha*:

De maneira mais aprofundada tratamos sobre a Compulsão alimentar, em outros dois artigos. Agradeço as manifestações de carinho, críticas pontuais, especialmente, refletidas por quem sofre desta doença. A intenção não foi um tratado entre profissionais, nem inventar a roda, mas contracenar diretamente com você que convive com o vazio compreendido como ânsia de comer, sendo talvez, o único recurso viável para aplacar a dor existencial.


Estes sintomas não são diferentes na bulimia e na anorexia, ambos destoam à imagem corporal refletindo desejos e fantasias em torno do mandamento da beleza e ao culto do corpo perfeito, muitas vezes, inatingíveis. Pode-se dizer que a obesidade ou o medo de engordar contribui para o aumento dos transtornos alimentares e neste artigo trataremos da bulimia e anorexia.


A anorexia é definida como severa perturbação alimentar, pois há recusa em ingerir alimentos mantendo a massa corporal bem abaixo do valor do IMC, ocasionando desnutrição, adoecimento e até a morte, por isso, serão precisos intensas avaliações das condições atuais de saúde e monitoração do peso. É mais comum entre mulheres na idade de 10 e 25 anos. Alguns teóricos afirmam que está ligada a sexualidade, pois num estado avançado o corpo perde os contornos femininos até a cessação da menstruação. Faz sentido, pois seus corpos padecem de feminilidade, aparentam “eternas” crianças, desapropriadas de sensualidade e fechadas, na maioria das vezes, no seu mundo interior, onde a família e os profissionais precisam de muito cuidado e compreensão para interagir e iniciar o processo de ajuda.


Na bulimia, há ingestão exagerada de comida, o parâmetro não é a fome, mas a necessidade de ingerir quantidades excessivas de alimentos, na maioria das vezes às escondidas, para evitar críticas e manter a compulsão em segredo. Enquanto o problema vai sendo jogado para debaixo do tapete, a pessoa com bulimia sofre com a sensação de falta de controle e impotência aumentando a repulsa por si, depressão e culpa. Este comportamento inicia a partir dos 18 anos até a fase adulta, mas são dados controversos, pois na medida em que aumentam os apelos, a idade também diminui.


Uma característica muito peculiar na bulimia são os comportamentos compensatórios, como fazer uso de métodos de purgação como laxantes, diuréticos, vômitos e atividades físicas extenuantes para eliminar o peso ou até gramas que julgar acrescentadas. O risco de morte é raro na bulimia, porém, a médio e longo prazo a indução do vômito pode provocar dentes e ossos frágeis, dores abdominais – esôfago e estômago, vasos dilatados na pele do rosto, dores musculares e desequilíbrio no balanço dos eletrólitos no sangue gerando problemas no coração. Não é rara a pessoa com bulimia alternar com o comportamento anoréxico. Neste sentido, dizemos que há tipos específicos, algumas pessoas com anorexia se valem de comportamentos purgativos quando são “obrigados” a comer e pessoas com bulimia fazem jejum ou exercícios exageradamente.


A marca desses distúrbios é o exagero que vem de dentro e é fomentado com os ideais de fora, para as pessoas com anorexia há o medo real de engordar, porque sua visão interna e o espelho que enxergam não vê com profundidade o baixo peso, por isso, não percebem o corpo como é na realidade. Negam as evidências e o tratamento perdura pela insistência da família e cedem até alcançar algumas gramas extras.

Na bulimia, também cabe ressaltar, que não adianta mostrar o quanto o comportamento é prejudicial à saúde, pois a sua auto-avaliação é medida pelo medo de engordar, então, se houver ganho de peso tendem a burlar o tratamento. Porém, aderem com mais freqüência, especialmente, quando percebem a falta de controle e os mecanismos por detrás do ato de comer compulsivamente.


Até aqui foram expostos a problemática em si e quem sofre desses transtornos, provavelmente, convive com todos os dissabores, se identifica, quer ajuda, mas se pergunta por onde começar.


É contraditório afirmar que os transtornos alimentares estão na ordem de epidemia mundial, particularmente fico de mãos atadas quando preciso encaminhar uma pessoa com bulimia, anorexia e obesidade. Há poucos centros especializados, os existentes são incompatíveis com horário e localidade e para quem pode pagar, os preços não são muito convidativos, sem contar com a questionável formação do profissional nesta área. Então, me pergunto o assunto somente é pertinente quando há mortes envolvendo modelos ou personalidades públicas?


Embora a auto-imagem seja irreal, o sofrimento é real, por isso, é inadmissível aceitar que o nosso dinheiro público não seja investido em saúde pública preventiva, mas em pesquisas que visam promover as indústrias farmacêuticas, da moda e dietéticas.


Enquanto as políticas públicas de saúde usam mal o nosso dinheiro ou ignoram esses dados alarmantes, a pessoa com bulimia e anorexia precisará assumir a responsabilidade, o autocuidado, uma boa dose de consciência e (re) descobrir novas estratégias aprendendo a modificar a percepção cognitiva da sua auto-imagem na perspectiva corporal do seu peso, sobrepeso e o medo de engordar.


Para esclarecer melhor, a cognição é um termo amplo que absorvermos ao longo da nossa existência. O cérebro capta informações pelos cinco sentidos, são conhecimentos, imagens, cheiros, paladar, linguagem processadas e traduzidas na maneira como enxergamos o mundo ao nosso redor. Esta percepção é fundamental para aprendermos a lidar com os mecanismos afetivos, emocionais e com nossos sentimentos. É o que nos faz sentirmos tristes, ansiosos, felizes, assustados, cansados, com fome, sede, sonolentos, motivados ou desanimados.


Neste caso, não haverá crescimento sem mexermos neste repertório, na bulimia podemos modificar os pensamentos disfuncionais em funcionais, como por exemplo, diferenciar a fome física do desejo de comer quando se percebe ansiedade, tristeza, vazio ou a comida como redutor de conflitos pessoais. Na anorexia, podemos mudar atitudes infantis com a vida, rompendo a necessidade de sermos alimentadas (mesmo que isso aconteça por meio de sonda hospitalar) ou enfrentando os receios de uma vida independente, mas nutridas com o próprio amor e valor como pessoa.


Também é importante mudar o repertório de comportamentos ambientais diminuindo, por exemplo, a exposição de situações que incentivem a compulsão. Mas, não é tão simples assim, se pode evitar festas e reuniões familiares, mas é só ligar a tevê que há inúmeras propagandas de alimentos calóricos, contradizendo com a venda de adoçantes, shakes emagrecedores e medicações milagrosas. Contudo, questionando os estereótipos vigentes e elaborando uma imagem condizente com o biótipo real, recria-se o que somos do que suplantaram em nós.


No campo emocional podemos explorar a capacidade de expressar os sentimentos. A bulimia é marcada pela ingestão excessiva de comida, geralmente às escondidas, então, nada melhor do que abrir as comportas verbais expressando todos os sentimentos reprimidos, colocando cada um no seu devido lugar e impondo limites nas relações interpessoais abusivas.
Em todos esses transtornos vejo o quão doloroso é perceber uma auto-imagem distorcida, pois nada que dizem aplaca o desejo de ser ou estar magra, mesmo que isso lhe custe à vida e uma autoestima fragmentada pela falta de autocontrole, culpa e vazio. Mas, em qualquer tipo de tratamento multiprofissional, não podemos correr o risco de discursar sobre esses males sem oferecer novas fontes de prazer.

Ora, alguém aqui padece desses transtornos porque gosta de sofrer? De jeito nenhum. Mas abrindo mão deste prazer haverá um lugar vago deixado, desapropriado pelo poder do controle – de comer ou jejuar, ludibriar a fome até os últimos extremos sem que nenhum profissional ou familiar tenha acesso.


Será que nós profissionais temos o que oferecer ou substituir? Sim e não. Os profissionais, especificamente o psicólogo, é capacitado a auxiliar e oferecer suporte no processo de autoconhecimento e autocuidado, como diz o ditado chinês “ dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar”, porém, o compromisso com a cura e a busca de novas fontes de prazer dependerá da disposição individual.


Você, está disposta a descobrir novas formas de prazer?


Referências:
SADOCK & Kaplan, Compêndio de Psiquiatria - Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica, 9 edição, pg. 788, Ed. Artmed, 2007.
Programa de Atendimento ao Obeso – PRATO http://www.hcnet.usp.br/ipp/prato
Revista Viver Psicologia, ano X, nº 105, pg 24, Ed. Segmento, 2002.

* Valéria Fátima da Rocha é Psicoterapeuta Existencial especialista em Psicoterapia Fenomenólogico-Existencial, pelo Centro de Psicoterapia Existencial. Possui um blog onde sempre esclarece dúvidas e agenda consultas presenciais e atendimentos virtuais.

Acesse: http://valeriapsc.blogspot.com/

2 de agosto de 2010

Oportunidades & crianças: Semelhanças importantes

Por Marcos Lodi:

Começar a semana não consiste somente em dar início a um novo dia que sucederá outros seis. Não podemos apresentar um comportamento estático perante às grandes oportunidades que a vida nos concede todas as horas.

Nestes próximos dias você terá grandes oportunidades, a cada segundo. Basta analisar a sua agenda semanal, verificar o indispensável e dispensar os maus pensamentos. Não tenha receio em ousar e muito menos inovar.

Oportunidades nascem tal como crianças. São concedidas de forma divina e caberá a você observar o sinal “estridente” da vitória próximo e ao seu alcance.

Uma ótima semana e felicidades pelas conquistas que virão!

31 de julho de 2010

Da série "Textos interessantes"

A porta do lado

(Dr. Dráuzio Varella)


Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a
gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos
que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente...

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na
garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de
simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua
vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a
abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de
algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos,
mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.

Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para
eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor
diferença.

O que não falta neste mundo é gente que se acha o último
biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca
ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga
e não deixam barato.

Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também.
É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema
solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido
de desculpas, um deixar barato.

Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro
horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou
perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e
gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a
"porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.

Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do
bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros
dá errado."

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não
estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto,
sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A "Porta do lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!

29 de julho de 2010

Da série "textos interessantes"

Escutatória

(Rubem Alves)

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.

Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.

Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

28 de julho de 2010

Dica profissional

Por Max Gheringuer:

"Não sei"

Se vc ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:

Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e alí... aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:

- Será que vai chover hoje?

Se você responder "com certeza"...a sua área é Vendas:

- o pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.

Se a resposta for "sei lá, estou pensando em outra coisa"... então a sua área é Marketing:

- o pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.

Se você responder "sim há uma boa probabilidade"...você é da área de Engenharia:

- o pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.

Se a resposta for "depende"...você nasceu para Recursos Humanos:

- uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.

Se você responder "ah, a meteorologia diz que não"...você é da área de Contabilidade:

- o pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.

Se a resposta for "sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas":

- então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada
para qualquer virada de tempo.

Agora, se você responder "não sei" há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder "não sei" quando não sabe.

Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.

"Não sei", é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo e pré dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.

Parece simples, mas responder "não sei" é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa.

Por quê?

Eu sinceramente "não sei".

27 de julho de 2010

Sacrificar-se: Um exercício fantástico

Por Marcos Lodi:


Muitas pessoas falam do sacrifício com algo terrível, porém muitas vezes necessário. Hoje quero discutir com vocês a importante utilidade deste artifício na busca pelos objetivos.

É importante frisar que existem dois tipos de sacrifício: O necessário prazeroso e o desnecessário trágico. O trágico vem maquiado pelo “sofrimento inevitável”. As pessoas assumem sua postura “sacrificante” em virtude de alguma coisa que não sabem descrever e visualizar. Acreditam na dificuldade para mostrar ao mundo o quanto precisam de olhares piedosos e holofotes dramáticos. Apresentam um cenário sem entender realmente o significado do que é sacrificar-se.

O segundo modelo é o necessário prazeroso. É conhecido deste modo porque de início mostra racionalidade. O sofrimento é aparente e acaba substituído pelo prazer fruto da certeza de que todo aquele esforço ou privação vale a pena. A crença na vitória é algo tão grandioso que qualquer momento adverso passa despercebido. É a consolidação real e definitiva de que sacrificar-se não é morrer para o mundo e sim pela causa em questão, a fim de conquistarmos metas. Devemos nos matar para realizarmos nossos sonhos, isto é, destruir a sede que muitas vezes possuímos em desejar ver o outro morrendo de pena de nós mesmos ou buscar a todo custo a notoriedade mostrando publicamente o tamanho do sacrifício. Traduzindo: Pare de exibir a sua luta para que não conheçam suas armas.

Procure alcançar suas respostas e êxitos em segredo. O verdadeiro líder não almeja seguidores. Estes é que precisam de um líder e virão até você. Basta que seu sacrifício seja prazeroso pela convicção da sua conquista. Assim, uma palavra tão dolorosa se tornará uma expressão diferenciada consistindo na premiação de todo o seu esforço. Um investimento incrível.

26 de julho de 2010

Da série "Textos interessantes"

A arte de não adoecer

Dr. Dráuzio Varella

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer.

Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.

A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.

Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.

Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

23 de julho de 2010

Sofrer por quê?

Por Marcos Lodi:

Uma das coisas mais deploráveis e ao mesmo tempo inusitadas que assola o ser humano é o tal “protocolo do sofrimento”. Se você ainda nunca ouviu falar nesta expressão descubra um dos principais motivos que fazem muitos de nós aderirmos a estas “formalidades”..

O fator neste caso está relacionado à surpresa. Se alguém se surpreende positivamente o olhar desconfiado sempre acompanha. Caso a impressão seja negativa, lá se encontram as críticas e conselhos dos mais variados. Então o que fazer?

As pessoas têm o total direito à felicidade. Porém, basta que vejamos alguém feliz e quase sempre nos decai uma análise contestatória. Geralmente o individuo não tolera ver o outro em destaque e na maioria dos casos também esconde de si mesmo tal sentimento. Uma pena, pois esta sensação é normal. Os seres humanos, desde os primórdios, já possuíam tal reação. Desde que o outro em questão não seja afetado, é até mesmo compreensível a inveja racional.

Portanto para que seja possível aprimorar-te como pessoa, por que não começar a assumir as surpresas como possibilidades e amenizar o instinto invejoso? Este caso não seja possível à cura, torna-se preconceito dos mais repugnantes.

Pare de achar que o mundo segue um protocolo definido. Largue de mão essa restrição a felicidade alheia para que deste modo possa compartilhar, em paz, as suas próprias alegrias.

22 de julho de 2010

Da série "Textos interessantes"

A Fábula da águia e da galinha

Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.

Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.

Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.

- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.

Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.

O camponês sorriu e voltou a carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e
dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.

Foi quando ela abriu suas potentes asas.

Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.

Voou. E nunca mais retornou."

Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos
que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”

Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ.

20 de julho de 2010

O verdadeiro amigo

Por Marcos Lodi:

Quantas vezes nos perguntamos “em quem confiar”? Os verdadeiros amigos seriam poucos e muitas vezes são aqueles com os quais nos relacionamos há tempos e muitos aparecem nas horas mais inesperadas possíveis. Como defini-lo?

Dessa forma, quero te convidar a refletir sobre o verdadeiro amigo. Este está aparentemente longe, calado e julgado como ausente. Porém, basta que esteja em momentos críticos, feito um raio, o amigo de fato bate a sua porta e fica a disposição. Sabe se posicionar e aparece no tempo certo, sem pestanejar.

Um amigo que não desampara ninguém. Sua conduta está ligada ao companheirismo. Jamais nos influencia e o livre arbítrio que nos promove não deixa a impressão de “amigo pegante”.

Seus conselhos estão visíveis e a disposição. Aprendemos que sem a sua amizade os caminhos da vida se tornam mais tortuosos. Alguns insistem em dizer que não precisam dele, porém basta qualquer adversidade e o grito contendo seu nome ganha força e todos ouvem.

Grande amigo, parabéns pelo seu dia. Valeu pelo que sempre faz na minha vida. Esqueço de vez em quando da sua importância, mas você não se esquece de mim. Jesus, eu te amo!

17 de julho de 2010

Da série "Textos interessantes"

As três peneiras (Sócrates)

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?

Arremata Sócrates:

- Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

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Um ótimo final de semana a todos!

16 de julho de 2010

O que é a mentira

Por Marcos Lodi:

Por que você mente? Caso não saiba a resposta, tenha certeza de que este texto irá ajudar muito no seu entendimento.

A mentira é combatida pelos mesmos tantos milhares que a praticam. Utilizam, em inúmeras vezes, a omissão como justificativa sendo que, na verdade, o ato de mentir é praticado com veemência.

É importante deixar claro que o sintoma da afirmação falsa é relacionado a nossa própria incapacidade de ser contrariado. O mentiroso é geralmente denotado deste modo porque detesta levar bronca, assumir erros, escutar o outro.

Com isso, se algo pode afetar o individuo, entra em cena a mentira como o refúgio aparentemente perfeito a fim de evitar o alto nível de stress. Como podemos fazer isso?

Portanto, a partir de hoje, admita para si mesmo que a verdade pode contrariar nossos pensamentos, mas é o melhor caminho para não ficarmos em péssimos lençóis com o mundo inteiro. Cria-se a “paz” camuflada na intimidade em virtude da restrição que possuímos em sermos contestados. E assim são conhecidos os mentirosos. Você deseja isso para a sua vida? Pense bastante, pois a escolha é sua.

15 de julho de 2010

O grande "Conselho"

Por Marcos Lodi:

Abrindo o dicionário, eis que encontramos diversos significados para a palavra conselho. Entretanto, o único sinônimo que lembramos é o de emitir opinião para outra pessoa. Por isso, hoje quero convida-lo a descobrirmos juntos mais um conceito desta palavra tão importante.

Segundo o mesmo dicionário, conselho também nos emite a idéia de corpo consultivo, reunião. Esta não é utilizada por nós, apesar de sua fundamental importância em nossas vidas.

Quando reunimos internamente podemos elaborar melhores decisões e conceitos a serem utilizados no dia a dia. Estar em constante reunião consigo é uma tarefa primordial na concepção de idéias que refletirão no comportamento com os demais indivíduos. Somente através deste processo obtemos definições inimagináveis que numa conversa formal entre duas ou mais pessoas resultariam num simples “conselho”, muitas vezes ignorado após alguns minutos.

Por isso não deixe de fazer sempre um conselho diário entre você e seus confrontos pessoais. Pense, debata, crie e transforme conclusões. Você não estará se comportando como louco, fique tranqüilo. Na verdade, estará fazendo um exercício que Deus com ímpar sabedoria o fez quando decidiu que você seria concebido ao mundo. Um trabalho minucioso com a finalidade de gerar grandes frutos.

Concorda?

14 de julho de 2010

Volta às aulas

Por Marcos Lodi:

Quando terminamos uma faculdade, geralmente vem a tona o sentimento de dever cumprido. Mal sabemos que na verdade o exercício do estudo é diário e nos acompanha por toda a vida.

Pensar sobre qualquer decisão. Analisar questões importantes e refletir sobre comportamentos é algo essencial para realizarmos grandes obras. O estudo consiste em aprender sobre determinada situação ou coisa. É a busca da conclusão que interfere na decisão.

No momento que deixamos o “estudo” de lado chegam as decisões precipitadas, palavras mal colocadas, frases instantâneas e sem nenhum sentido lógico. A falta de prudência se transforma num abismo abominável.

Comece a se desligar da idéia de que o estudo já não faz parte de sua existência. Volte as “aulas diárias” de concepção de pensamentos e obterá um dom incrível e primordial para aqueles que almejam o sucesso: Se tornará sábio pela sua prudência e capacidade de precaver-se contra o fracasso.

Um bom estudo!

13 de julho de 2010

A causa do fim

Por Marcos Lodi:

Os objetivos precisam ser vistos como fiéis companheiros em todas as horas. Sem perspectivas não somos nada. Existem várias pessoas acompanhando a evolução do mundo, inertes quanto a participação neste processo. Poderiam ser imprescindíveis, mas na verdade se tornam meros agentes passivos.

A verdadeira tragédia na vida de uma pessoa não se resume na morte. Na verdade, é a falta de propósito que danifica por completo qualquer ser humano. Tomar atitudes e desejar interferir na sociedade é um direito que muitas pessoas não conseguem exercer.

Qual é o seu maior sonho? É impossível realiza-lo pensando que jamais poderá concretiza-lo. Não adianta pregar a felicidade e não obter a própria. O verdadeiro vencedor é aquele que se conhece pelas obras e principalmente pelos frutos.

Plante as sementes necessárias para a melhor colheita da sua vida. Tome atitudes e regará seus objetivos, fortificando de maneira concreta seus ideais. Não tenha medo de propósitos. Estes existem para que seja possível a tão sonhada realização.

12 de julho de 2010

Descobrindo a força

Extraído do site "Textos interessantes"

Rachel tinha apenas 16 anos quando, certa noite, recolheu-se ao leito, no dormitório da escola. Acordou, seis meses depois, numa cama de hospital, na cidade de Nova Iorque.

Ela sofreu um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo estado de coma.

Era o fim de sua vida como uma pessoa saudável e o início de uma vida como pessoa portadora de doença crônica.

Foi nessa época que Rachel se recorda de ter verdadeiramente conhecido sua mãe.
Até então ela era a profissional que passava longas horas trabalhando. Rachel a via quando chegava em casa, tarde da noite, para lhe dar banho, ler uma história, dar-lhe um beijo de boa noite.

As lembranças de sua mãe, até então, eram de uma figura passageira que tinha um perfume gostoso e tomava conta dela nos finais de semana.
Durante os seis meses de seu coma seus pais se tomaram de temores. Ela era a única filha de pais mais velhos e super-protetores.

O prognóstico médico era sombrio. Se saísse do coma, viveria como uma inválida, limitada por uma doença que os médicos não compreendiam, nem controlavam.
Teria que se submeter a uma série de cirurgias importantes. Não deveria viver além dos 40 anos. Sem chance de retornar aos estudos.

Mas Rachel desejava ser médica. Ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou zangada.
Não importava o que diziam os médicos, ela iria voltar aos estudos, à faculdade.
Queria ser médica. Nada a impediria.

“Ah”, disse o pai, “uma coisa a impedirá, sim. Não pagarei os seus estudos.”
Foi então que a mãe de Rachel, sem alteração na voz, afirmou: “Eu pago a faculdade.”
“E onde você vai arranjar o dinheiro?” – perguntou ele.

Ela continuou a falar, dirigindo-se à filha, como se não o tivesse ouvido: “tenho uma conta no banco há muitos anos. É toda sua, Rachel.”
Vinte e quatro horas depois, ela assinou um termo de responsabilidade e retirou a filha do hospital, contra a recomendação médica.

Tomou um pequeno avião e levou Rachel de volta à faculdade.
Nos seis meses seguintes levou a filha para as salas de aulas, muitas vezes empurrando a cadeira de rodas, porque ela não conseguia andar.

Então, quando percebeu que Rachel poderia cuidar de si mesma, a deixou, mas telefonava todos os dias para saber notícias.
Os dois anos seguintes foram de muitas lutas. Rachel não conseguia comer direito e tomava medicamentos fortes para controlar os sintomas.
Ela se sentia doente, tinha a aparência alterada e estava doze ou catorze quilos abaixo do seu peso normal.

Mas foi descobrindo uma força que desconhecia. Encontrou uma maneira de viver essa nova vida e seguir em frente.

Concluiu a faculdade e passou a clinicar.
Anos depois, conversando com sua mãe, lhe perguntou porque a deixara sozinha em momento tão difícil. Afinal, ela era a sua única filha.

Por que não ficou ao seu lado, protegendo-a e mimando-a? Ela não ficou com medo do que pudesse acontecer?

“Eu temia por você” – disse-lhe a mãe. “Mas temia ainda mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Há muitas formas de morrer, Rachel. A pior delas, é permitir que outras pessoas escolham o tipo de vida que você deve levar.

A pior morte é permitir que sejam sepultados os próprios sonhos.”
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Amparar a vida, por vezes, é algo muito completo. Há momentos em que o melhor é oferecer a nossa força e a nossa proteção.

No entanto, acreditar numa pessoa num momento em que ela não consegue acreditar em si mesma, tem uma importância toda especial.

É a nossa crença nessa pessoa que vai se tornar o seu barco salva-vidas.

Autor desconhecido

11 de julho de 2010

Mitos e verdades sobre a redução de estômago (Parte 2)

Existem procedimentos mais seguros do que outros?
A cirurgia mais segura atualmente é aquela que envolve a restrição do volume do estômago (para não caber muito) e, também, a alteração no trânsito do intestino, para que se absorva menos gordura e o corpo funcione melhor.

Após a cirurgia, preciso fazer acompanhamento médico?
Sim, para diagnosticar as deficiências vitamínicas resultantes do tratamento e tratá-las, bem como mapear o estado mental, estimular hábitos saudáveis – como atividade física – e fazer medicina preventiva. Apesar da cirurgia, o tratamento da obesidade continua.

Se comer demais, é verdade que a pessoa vomita?
Se comer a mais do que o volume do estômago suporta (que agora é pouco), sim. O estômago, se cheio demais, reage causando náuseas até vomitar, para eliminar o excesso.

É preciso ter cuidado para não emagrecer demais?
E algum momento o organismo se adapta e para de emagrecer (mesmo comendo pouco e fazendo exercícios habituais). É por isso que muitos pacientes deixam de ser superobesos para ter sobrepeso. Raramente, são muito magros.

A pessoa depois da cirurgia pode comer tudo o que quiser ou fará uma dieta?
Seguirá uma dieta para sempre, não só a ingerida por boca, como com suplementação de vitaminas e outros alimentos, pois a ação que diminui a absorção de alimentos pelo corpo não permite a ingestão adequada de nutrientes.