17 de fevereiro de 2012

A dor que cura

Por Marcos Lodi:
 
Hoje vamos discutir este tema procurando analisa-lo sob outra vertente. Muitos visualizam a dor como sofrimento máximo, o ápice da desgraça. Pois bem, vamos refletir em direção oposta. Quando nos queixamos de algo, queremos demonstrar incomodo e desconforto com determinada situação. Pensamos negativo porque o fato de estarmos doloridos seja no aspecto físico ou mental, é sempre algo muito ruim.
 
Porém, se adentrarmos profundamente no tema perceberemos uma grande vantagem na dor, que milhares de pessoas não conseguem constatar. Se estamos nos sentindo mal e somos medicados, seja em qualquer convalescença, obviamente apresentamos melhorias na saúde e o retorno da satisfação vital. Portanto, só existe um modo de colocar ordem em algo que não funciona bem. E este “mecanismo”, emitido pelo corpo e a mente, se resume na dor. Ela exprime um “mal” para que o remédio combata essa enfermidade. Por isso digo que a dor pode ser vista de forma positiva. Só através dela podemos melhorar.
 
Sem dores não há remédio, não há melhora. Bom seria senão tivéssemos que conviver com as dores, mas elas existem e dessa forma deve-se analisar criteriosamente essa privação como a viga de sustentação inefável no seu crescimento.
 
Saiba conviver com a dor, pois ela é o único caminho que te levará a sentir-se “curado”. Pense!

14 de fevereiro de 2012

Pensando

Por Marcos Lodi:

Tenho visto uma multidão de sábios. São muitos deles, no cotidiano em diálogos reais ou virtuais. Tantos conselhos, diversos conceitos e nada muda. Pessoas que nos surpreendem positivamente pelas suas idéias e nos decepcionam pelas ações.

Somente através dos atos é possível construir alguma coisa. Morrem milhares de sábios todos os dias. Pessoas com intelecto apurado para conversar e dar opinião. Cheios de mandamentos e “mapas” para encontrar-se o caminho do sucesso. O triste é que muitos sabedores morrem devedores de seus próprios princípios. Agir é o atributo que move a vida. Pensar é uma simples ferramenta para se aprender a viver. Porém, sem ação o pensar é utópico. Consiste num projeto escrito e jamais concluído.

Quero te convidar a conhecer os dois tipos de sabedoria. O primeiro é o saber maduro. Este é a concretização das idéias que nasceram, cresceram e foram concluídas em grandes obras. É a consolidação do aprendizado somado ao raciocínio. Pessoas assim são consideradas sábias e idealizadoras. Nada fica no papel e todos os projetos têm início e desenvolvimento.

O segundo é o saber imaturo. Vem maquiado de idéias mirabolantes e sugestivas. Tudo está na ponta da língua e nenhuma frase feita passa despercebida. Apesar de possuir várias respostas, nunca se vê solução. É um tipo de sabedoria descartável porque não é consistente. Vemos grandes promessas e nenhuma obra.

Portanto reavalie a sua vida e descubra que tipo de saber adota em seu dia a dia. Não se esqueça de que o maduro tal como fruto pode ser colocado à mesa e degustado com prazer. O imaturo é frágil e acaba se mostrando ineficiente. Descubra o modelo que segue e, no caso da “imaturidade”, acalme-se e comece a agir. A utopia só vira realidade quando o pensamento começa a tomar forma e isto só é possível através das ações.

10 de fevereiro de 2012

O poder do silêncio

Por Marcos Lodi:

Muitas vezes somos punidos com o silêncio. Porém, ele continua sendo “ouro” contra qualquer atitude precipitada ou resposta dita de maneira estúpida. Apesar de compreensiva, a “resposta” em muitos casos dói porque descontamos nossa raiva com outro acesso de raiva e não chegamos a denominador nenhum.

Quando digo que o silêncio nos pune me refiro a uma espécie de “auto ferida”. Ficamos calados, sofremos calados, sentimos por dentro pelo fato de estarmos emudecidos.

Todavia, avalie o lado bom. O silêncio é sinal de paz e precisa ser visto como forma simples e dura de responder algo. Fique em silêncio por dois minutos e sinta a medida do tempo. Parece uma eternidade.

Tudo tem a sua hora e o calar-se também é necessário. Se dirigir-se a alguém sabendo que a resposta poderá vir prontamente e a possibilidade de conclusão é mínima (o que chamamos popularmente como confusão), aparte-se e fique em silêncio. Será o melhor remédio para que a mente trabalhe sem estímulos inesperados que depois podem acarretar em arrependimento.

7 de fevereiro de 2012

Os dois lados da moeda

Por Marcos Lodi:

Sempre quando precisamos tomar decisões ecoam dois lados distintos em nossa mente. O primeiro vem acompanhado da famosa exclamação “não desista, você é capaz!”. Do outro lado se manifesta com o mesmo vigor o não menos famoso “desista logo, você não vai conseguir!”.
Qual é a frase que você deseja ouvir? Dar créditos ao mais cômodo sempre nos persegue. Porém, a medida que tomamos decisões ousadas e provamos ao mundo que jamais deixaremos de crer nos objetivos, manifestamos enfim, o grito dos inconformados.
E o que seria isto? Não se contentar com determinada situação, demonstrar iniciativa a fim de mudar o quadro, executar ações significativas na busca pelo almejado. Tudo faz parte do clamor da inconformidade.
Esta audição não consiste em servir o bem ou o mal. Trata-se apenas do resultado de todo o processo de atividades desenvolvidas por você mediante os empecilhos da vida e como “ouviu” ambas as partes e qual valorizou.
Se você dá ouvidos a todos aqueles que dizem para desistir está no caminho da desgraça. Somente através da perseverança e determinação é possível chegar a vitória. A sensação do triunfo é indescritível, mas não adianta desejar vencer se suas atitudes forem o reflexo da derrota.
Se ferir-se perante obstáculos, tenha certeza de que as cicatrizes serão apenas luzes que marcarão o seu caminho. Desistir ou não? Ouça os dois lados, faça sua escolha. Eu já fiz a minha!

3 de fevereiro de 2012

Força!

Extraído do site "Textos interessantes"

Rachel tinha apenas 16 anos quando, certa noite, recolheu-se ao leito, no dormitório da escola. Acordou, seis meses depois, numa cama de hospital, na cidade de Nova Iorque.

Ela sofreu um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo estado de coma.

Era o fim de sua vida como uma pessoa saudável e o início de uma vida como pessoa portadora de doença crônica.

Foi nessa época que Rachel se recorda de ter verdadeiramente conhecido sua mãe.
Até então ela era a profissional que passava longas horas trabalhando. Rachel a via quando chegava em casa, tarde da noite, para lhe dar banho, ler uma história, dar-lhe um beijo de boa noite.

As lembranças de sua mãe, até então, eram de uma figura passageira que tinha um perfume gostoso e tomava conta dela nos finais de semana.
Durante os seis meses de seu coma seus pais se tomaram de temores. Ela era a única filha de pais mais velhos e super-protetores.

O prognóstico médico era sombrio. Se saísse do coma, viveria como uma inválida, limitada por uma doença que os médicos não compreendiam, nem controlavam.
Teria que se submeter a uma série de cirurgias importantes. Não deveria viver além dos 40 anos. Sem chance de retornar aos estudos.

Mas Rachel desejava ser médica. Ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou zangada.
Não importava o que diziam os médicos, ela iria voltar aos estudos, à faculdade. 
Queria ser médica. Nada a impediria.

“Ah”, disse o pai, “uma coisa a impedirá, sim. Não pagarei os seus estudos.”
Foi então que a mãe de Rachel, sem alteração na voz, afirmou: “Eu pago a faculdade.”
“E onde você vai arranjar o dinheiro?” – perguntou ele.

Ela continuou a falar, dirigindo-se à filha, como se não o tivesse ouvido: “tenho uma conta no banco há muitos anos. É toda sua, Rachel.”
Vinte e quatro horas depois, ela assinou um termo de responsabilidade e retirou a filha do hospital, contra a recomendação médica.

Tomou um pequeno avião e levou Rachel de volta à faculdade.
Nos seis meses seguintes levou a filha para as salas de aulas, muitas vezes empurrando a cadeira de rodas, porque ela não conseguia andar.

Então, quando percebeu que Rachel poderia cuidar de si mesma, a deixou, mas telefonava todos os dias para saber notícias.
Os dois anos seguintes foram de muitas lutas. Rachel não conseguia comer direito e tomava medicamentos fortes para controlar os sintomas.
Ela se sentia doente, tinha a aparência alterada e estava doze ou catorze quilos abaixo do seu peso normal.

Mas foi descobrindo uma força que desconhecia. Encontrou uma maneira de viver essa nova vida e seguir em frente.

Concluiu a faculdade e passou a clinicar.
Anos depois, conversando com sua mãe, lhe perguntou porque a deixara sozinha em momento tão difícil. Afinal, ela era a sua única filha.

Por que não ficou ao seu lado, protegendo-a e mimando-a? Ela não ficou com medo do que pudesse acontecer?

“Eu temia por você” – disse-lhe a mãe. “Mas temia ainda mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Há muitas formas de morrer, Rachel. A pior delas, é permitir que outras pessoas escolham o tipo de vida que você deve levar.

A pior morte é permitir que sejam sepultados os próprios sonhos.”
***
Amparar a vida, por vezes, é algo muito completo. Há momentos em que o melhor é oferecer a nossa força e a nossa proteção.

No entanto, acreditar numa pessoa num momento em que ela não consegue acreditar em si mesma, tem uma importância toda especial.

É a nossa crença nessa pessoa que vai se tornar o seu barco salva-vidas.

Autor desconhecido