28 de abril de 2012

Cada passo!

Por Marcos Lodi:


Todo processo de vitória consiste em passos. Nessa questão de peso eu já fiz matricula na academia, marquei nutricionista. Tudo para garantir o sucesso do projeto.

Nada é fácil, porém o proveitoso em cada dificuldade é ver como somos fortes para superar nossos limites. Eu estou pronto para meu novo desafio porque jamais me curvei as adversidades.

Vencer esta batalha não se restringe apenas à eliminar alguns quilos. É consolidação, vitória, auto estima.


Estarei mostrando minha rotina para vocês a partir da próxima semana. Desejo, de coração, o apoio de todos. Tudo aquilo que conquistar será nosso. Que fique o exemplo para muitos jamais desistirem de seus sonhos.


Obrigado sempre e até o nosso próximo encontro.

25 de abril de 2012

Tudo muda!

Por Marcos Lodi:


Operar o estômago foi algo que me trouxe qualidade de vida. Eliminei 130kg, muita coisa mudou. Vestir roupa comprada em loja,  sair sem ninguém te olhar assustadoramente, respirar melhor, dormir bem.

Meu cotidiano se transformou em novas perspectivas. Antes eu era eliminado de entrevistas de emprego, desta vez já comecei a ouvir propostas. Infelizmente o estereótipo ainda é critério de eliminação, embora a maioria das pessoas diga que não tem preconceito.

Quatro anos se passaram depois do procedimento e de repente, comecei a parar de perder peso na cadência anterior. Seguidamente notei que minha capacidade de ingerir alimentos aumentou e com isso vem o medo de ganhar peso novamente.

Por isso é fundamental a participação de médicos, psicólogos e demais profissionais. O acompanhamento é a garantia de bons resultados.


Passaram-se mais alguns meses e fiquei apavorado. A rotina, muito trabalho, ansiedade. Com isso ganhei 8kg. Me desesperei num primeiro momento, depois refleti. Só existe uma forma de vencer este desafio e retomar minha recuperação: Cuidar de mim.

Pensamos em tudo, todos e na maioria dos casos esquecemos de nós mesmos. Por isso vale a pena a reflexão pessoal. Sentar durante cinco minutos no seu dia e pensar um pouco sobre a sua própria saúde e hábitos nos recicla criando novas atitudes.

E dessa forma eu decidi que agora é “Questão de peso”.



No próximo encontro: A palavra dos médicos, academia a todo vapor. Enfim, renasce o Marcos!

20 de abril de 2012

Questão de peso no Youtube

A partir da próxima semana, não deixe de assistir dos episodios de Questão de Peso via youtube.

Os videos serão postados neste blog e demais canais (face, twitter, orkut, etc)

Assita e compartilhe este grande desafio!

Renascendo

Por Marcos Lodi:

O período pós cirúrgico foi  cheio de descobertas.  As limitações alimentares te preparam para o futuro próximo muitas vezes dando a ideia de que jamais comerá um “prato normal de comida”. Isso é mito. Quanto mais o tempo passa, a capacidade de ingerir aumenta e com ela vem o medo de ganhar peso.
A cirurgia é drástica porém os resultados também surgem de forma impactante. Entretanto, preparar a mente para as mudanças do corpo é primordial para o sucesso pleno do procedimento.

Na cofraternização da faculdade, alguns meses após a cirurgia, meus amigos elogiaram o resultado já visível. Eu tinha eliminado 40kg aproximadamente e caminhava para deixar a marca  dos 200kg.

Quando completei dois anos de operado, já havia eliminado mais de 120kg. Pessoas te parabenizando, auto estima melhorando, elogios pra lá e pra cá. Você sente a importância de estar caminhando para  a vida saudável, sem ninguém repará-lo pelo excesso de peso.

Tudo melhora para o ex-obeso. Gente que nunca te olhou passa a reparar que não se trata mais de um rosto lindo e boas gargalhadas. Alguns acabam por terem diversos relacionamentos, como que “tirando o atraso”. Isso pode ser perigoso e a presença do psicólogo é fundamental.

No meu caso foi diferente. A pessoa que me acompanhou na fase ruim saboreou junto comigo a fase boa. Tatiana é a joia que Deus preparou no meu caminho. Possui grande fatia de meu processo cirúrgico, pois foi ânimo sem igual. Representa o que podemos chamar de demonstração de amor verdadeiro.
Por isso eu sempre oriento ás pessoas recém operadas a procurar psicólogo , nutricionista, endócrino, e demais especialistas. A cabeça de “gordo” prevalece e todo cuidado é pouco.

No próximo encontro:  A agonia quando os quilos aparecem mesmo depois de operado. O início deste grande desafio chamado “Questão de Peso”

16 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 7)

Por Marcos Lodi:

Cheguei em casa no dia 27 de setembro 2007. A partir daí iniciei o ciclo de primeiros passos como candidato a novo homem. Reaprendi a comer, usar roupas mais justas. Foram dias e meses de muito esforço e os resultados vindo de forma gradativa e satisfatória.

Naquele mesmo ano retomei a faculdade. Graças a Deus e a iniciativa de amigos dentre eles  minha então coordenadora do curso de Jornalismo Maristela Rocha, consegui formar a tempo de compartilhar este momento com minha turma. Fui escolhido orador da classe, fato que me deixou ainda mais lisonejeado. Era a consolidação acadêmica perfeita para quem passou por tanta coisa.
No ano seguinte, já diplomado jornalista, voltei aos desfiles carnavalescos. Estava coroando no carnaval minha volta por cima. Todas as frustrações da passarela ficaram para trás e renascia definitivamente.
Passados quatro anos muita coisa serviu como reflexão. Todo aquele que opera o estômago precisa estar preparado para recaídas, tropeços e frustrações. Graças a Deus eliminei mais de 130kg, porém todo o cuidado é pouco.
Toda esta experiência resultou neste espaço. O blog "Quando é Preciso Reagir" proporcionou-me conhecer gente de todo o Brasil. Dialogos contrutivos, ajudas, sugestões, apelos, desabafos. Tudo foi intenso e maravilhoso, chegando aos mais de 50 mil acessos.


Conheci gente que nunca vi pessoalmente até hoje. Entretando para morar em nosso coração ver é apenas simples protocolo. Telefonemas, emails, mensagens. Vi "de longe" muita gente mudar a sua história para melhor. Agradeço a Jesus por me usar a fim de trazer alegria onde a tristeza reinava.



No próximo encontro: Tudo sobre "Questão de Peso" e os primeiros dias deste novo desafio.

14 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (parte 6)

Por Marcos Lodi:


Durante aqueles dias no hospital, mais desafios. Um anestesista que supostamente faria minha cirurgia analisou meu caso, olhou para mim e se dirigiu aos residentes afirmando: “O risco dele morrer é grande. Ele pode morrer de diversas formas. Vou entuba-lo sem anestesia para não correr riscos e etc”.

Dali já tinha uma convicção: Este cidadão não colocaria as mãos em mim. Meu cirurgião ficou perplexo e chamou um amigo para socorrer o caso. Eis que outro médico apareceu em meu processo pela misericórdia de Deus. Era um senhor renomado, anestesista com muitos procedimentos realizados. Alguém enviado por Jesus, sem dúvidas. A conversa foi sem temores, sem a palavra morte. Pelo contrário. Foi um diálogo que me deixou feliz, esperançoso e confiante.

Estava pronto para o grande dia, mas é o transporte? A maca do hospital precisaria ser testada para que fosse possível presumir se tudo daria certo principalmente após o procedimento. Fiz vários testes sendo transportado por um grupo de oito pessoas. Cheguei a deitar na mesa de cirurgia para testar a segurança da mesma. Fiz uma espécie de simulação, com direito a olhar para aquela luz gigantesca, deitado, como se aguardasse o cirurgião chegar e começarmos a operação. Não posso negar que fiquei bastante amedrontado com o “clima” do centro cirúrgico.

Depois de todo aquele processo eu me sentia pronto para vencer. Daí mais um dilema, o qual considero como  minha última provação antes da cirurgia. Um dia antes da cirurgia foi preciso encontrar o acesso venoso. Não foi possível pelo modo convencional. Tentaram outros meios como a intracath, mas devido ao excesso de peso a única saída foi a dissecção.

Vinte e três horas do dia 20 de setembro de 2007 e minha cirurgia agendada para o dia seguinte às sete da manhã. Os médicos buscando o acesso venoso através da dissecção. Depois de muita luta o êxito. Todos felizes e descansando para a cirurgia de algumas horas depois. Porém, houve um “pequeno” descuido e não foi prescrito nenhum remédio para a dor no braço.

A anestesia passou e com ela chegou uma dor insuportável. A enfermeira chefe e o médico plantonista não sabiam o que fazer mediante meu estado. Depois de analisar meu prontuário veio a resposta que não houve medicação para a dor pós anestesia. Eram quase cinco da manhã e fui medicado. Estava com dor, chorando e pensando em desistir. A enfermeira me aconselhou a não deixar para trás o meu sonho.

Hoje analiso que o mal tentou me vencer pela dor. Se eu desistisse ali, jamais teria outra chance. Quando passamos por problemas tenha certeza de que Deus permite tudo até o momento em que Ele, na sua infinita sabedoria, aparta a ação do inimigo e diz: “Agora chega porque este é meu escolhido”.

Eu fechei os olhos para dormir e esquecer tudo aquilo. Mal cochilei chegou o médico me buscando para a cirurgia. Era manhã de 21 de setembro e chegado o meu momento. Jesus permitiu que eu chegasse até aquela ocasião.

Abracei minha mãe que chegou logo cedo e fui para o centro cirúrgico. Foram mais de seis horas de cirurgia e um desfecho feliz.

Eu acordei ciente de que havia vencido a batalha, mas ainda não triunfado na guerra. Foi uma bela vitória com lágrimas de felicidade. Passei mais alguns dias no hospital e fui para a casa.



No próximo encontro: Desafios pós-cirurgia e a grande "Questão de Peso"

11 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 5)

Por Marcos Lodi:

Eu tinha amigos maravilhosos, meus trabalhos reconhecidos e por dentro me sentia inválido.

Era preciso ousar. Foi então que tomei a decisão de fazer a cirurgia de redução de estômago.Se eu seguisse o procedimento habitual para realizar a cirurgia que entrar na fila de espera, participar do grupo de apoio e aguardar. Eu não podia esperar. Estava engordando mais e mais. Na primeira reunião do tal grupo vi pessoas chorando e depressivas ao extremo. Me senti ainda pior e nunca mais voltei.
Fui orientado a entrar na justiça. Procurei vereadores, autoridades municipais. Tudo sozinho. Preferi sofrer calado para não deixar ainda pior meus amigos e familiares. Qualquer processo deste tipo poderia ter dado errado, mas enfim comecei a perceber um projeto grandioso de Deus na minha vida.
Na primeira tentativa o juiz negou meu pedido alegando que eu não estava inscrito na fila de espera do SUS. Isto era verdade. Não fiz inscrição porque sabia que demoraria anos para operar. Eu não tinha outra saída que fosse tentar novamente e anexar outra declaração do médico e fotos de meu estado lastimável. Eu já cheirava mal e os banhos não “suportavam” o odor por muito tempo.
Foi ai que a nova promessa de Deus se cumpriu. Um juiz de plantão julgou procedente meu pedido para fazer a cirurgia. Foram mais de 18 meses de luta desde que decidi operar. Foi a vitória de superação e pela primeira vez pude perceber que tinha forças para vencer obstáculos. E estes estavam apenas começando. Já estava com 254 kg e com toda a minha fé voltada para esta cirurgia.


Quando entrei no hospital imaginei que dentro de 10 dias, no máximo, estaria em casa e operado. Foram 56 dias de luta e ganhei mais quatro quilos. Fiquei internado numa ala do SUS com pessoas das mais diferentes idéias e com os mais variados.

Não conseguia dormir direito porque estava ansioso. Quando lamentava de madrugada sentava no sofá do andar e conversava com enfermeiros, pessoas internaas e seus acompanhantes. Conheci gente com males corriqueiros e doenças terminais. Vi e ouvi gente gritar de dor e morrer. Conheci gente maravilhosa que num suspiro da vida faleceu na manhã seguinte. Uma prova de dor psicologicamente incrível embora terrível.
Ouvia histórias variadas. Brigas de marido e mulher, diagnósticos de sofrimento. Eu estava me especializando em ouvir os outros e compartilhar da dor alheia. Não dormia praticamente e ficava sempre observando tudo e todos naquela ala de pacientes.
Quando recebia visitas sempre demonstrava a aparente fortaleza irredutível. Quando parentes e amigos iam embora, caia no choro em silêncio, trancado no banheiro do quarto, me recompondo para ouvir mais pessoas no decorrer da noite.
Certo dia ajudei uma senhora a não cair da cama. Ela me disse que jamais havia dormido com a cama afastada da parede. Eu a respondi amavelmente garantindo que as grades de proteção não permitiriam a queda. Seu nome era “Mariinha” como a mesma se referiu. Um abraço emocionado de agradecimento por não tê-la deixado cair e a filha observando tudo de longe com os olhos marejados.
Eu me dirigi a ela e disse: O que esta senhora tem? Para meu espanto veio a noticia: Ela deu entrada no hospital para fazer exames embora o câncer já esteja bem alastrado. É uma paciente terminal.


Juro que logo após aquele baque eu me dirigi calmamente ao meu quarto e chorei muito. Percebi que muitos precisavam de carinho e outros de um milagre. Eu estava precisando dos dois. Foi a primeira vez que passei a orar em alguns pacientes e conheci evangélicos dentro de um hospital.




No próximo encontro: A última prova de dor na madrugada que antecedeu a cirurgia; Meu retorno a faculdade e o surgimento do blog.



9 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 4)

Por Marcos Lodi:

Em meio aos problemas com a obesidade o psicológico já estava comprometido. Fiquei por várias ocasiões superando um recorde nada agradável. Fiquei duas, três e até mesmo quatro horas no ponto de ônibus, parado, observando a condução passar por diversas vezes. Eu não tinha coragem de aceitar que não passava na roleta e encarar as pessoas.  Muitas delas riam do meu estado. Era uma figura pitoresca mediante a sociedade sem grandes camadas de gordura pelo corpo.
Já não havia pressa em acabar com a minha própria vida. A única coisa que eu tinha convicção era de que não “iria muito longe” naquele estado.  Não fui capaz de passar pela roleta encarando o mundo e fui discriminado em diversas entrevistas de emprego. Descontava tudo na comida, me entregando aos mais variados pratos e misturas calóricas. O jantar às 23h quando chegava da faculdade era congratulado com novo café com quatro pães. Consegui atingir os 220 kg e realmente eu era um “cadáver vivo”, segundo minha própria convicção.
Comia compulsivamente, chorava e comida novamente. Não temia grandes pratos e misturava doce, salgado, liquido e pastoso. Tudo era motivo para comer. Estando alegre ou triste, as guloseimas eram companheiras e os banquetes insaciáveis e extremamente prazerosos. Alimentar de forma avassaladora era como uma droga indispensável. Era usuário de comida em excesso e isto abrandava minha tristeza profunda.
A faculdade só tinha sentido para rir um pouco e desfrutar, mesmo que por algumas horas, da companhia dos amigos. Tentava ser um jovem normal, entretanto estava totalmente perturbado. Falava de Deus e dava conselhos com facilidade ao mesmo tempo em que alimentava ilusões enganando a mim mesmo.

Na faculdade sempre era o “paizão”. Ouvia muitos problemas e aconselhava como ninguém os meus amigos. Perdia várias partes da aula para dar conselhos aos outros. Dentro da sala de aula era a “cara” da alegria. Ria de tudo, fazia piadas, muitas delas de extrema inteligência. Todos, inclusive o corpo de professores, tinha a visão de que eu era um homem feliz comigo, cheio de alto astral e um exemplo a ser seguido.
Todavia “fora de campo” eu voltava ao mundo sofrível. Quantas vezes saía da sala de aula feliz por mais um dia e logo depois debruçava em lágrimas dentro do ônibus rumo a minha residência e dentro do quarto as lamentações continuavam.
Refletia antes de dormir sobre as coisas que eu ouvia na faculdade. Minha coordenadora chegou a referir-se a mim como uma pessoa que poderíamos ter como exemplo de gente. Veja só? Eu maquiava a minha vida com uma existência inverídica, cheia de sonhos e traduzida por dentro em pesadelos cotidianos que insistiam em não terminar.
E onde estava a minha fé? Eu não acreditava que poderia sair do quadro de obesidade e já estava com o “velho Marcão” alicerçado na mente.
Dentro do quarto em frente a TV era somente eu e a comida. Meus pais dormindo e meus pensamentos se resumiam em morte e ficar maquiando uma vida de ilusão para os outros. Era doente em diversos aspectos.
Porém, algo me chamava a atenção: Tudo o que pedi a Deus me foi proporcionado. Solicitei a Ele ser um grande puxador de samba e compositor de carnaval. Pedi a Deus para estudar comunicação. Em todas as ocasiões fui atendido. Mal sabia que Deus apenas permitiu que eu fosse tudo aquilo.
E agora? Faltava alguém, uma companheira. Chorando, dentro da sala de aula, algo que por sinal ocorreu uma única vez em todo o curso, eu disse aos meus colegas: “Preciso de alguém do meu lado”. Já caminhava para os 230 kg.
No próximo encontro: O desfecho do periodo pré-cirúrgia, meu processo de recuperação e tudo pronto para encarar esta "Questão de Peso".

6 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 3)

Por Marcos Lodi:

No capítulo de hoje quero compartilhar de importante reflexão com os amigos leitores e contar meu processo de ingresso no hall dos universitários. Acompanhe:


Entrei na faculdade dos meus sonhos em 2004 para cursar jornalismo. Muitos duvidaram de que estudaria numa repartição particular, mas graças ao projeto da instituição obtive desconto de mensalidade e com isso consegui estudar. Devo este sonho a minha avó e meu pai que se esforçaram para pagar. No cenário musical me prontifiquei a ser o melhor no carnaval. Ganhei vários sambas, fui campeão na avenida, adquiri um belo montante de troféus. Não tinha noção de meu talento e quando me falavam da palavra de Deus eu dizia que Ele sempre estava comigo. Não mentia quando dizia isso, porém não tinha a noção de que Jesus poderia trabalhar muito além de todos os livramentos e bênçãos que tive. A culpa foi minha por não tê-lo deixado agir mais na minha vida.
Eu entrei na sala de aula com timidez, porém logo mostrei meu lado falante e fiz um monte de colegas. Tornei-me rapidamente referência da alegria. Pena que meu sorriso era falso, que a minha vida era falsa. Eu não podia entrar depressivo, deixando claro que me incomodava a estética.  Eu precisava viver dentro da universidade 100% de tudo aquilo que eu desejava ser. Inventei muitas histórias e ouvi tantas outras também.  As pessoas passaram a me ver como referência e comecei a ser uma espécie de psicólogo. Resolvia problemas da turma e não conseguia curar minhas angústias.
Porém, ficou uma lição muito importante. Conseguir realizar este sonho mostrou minha capacidade de determinar algo e concretiza-lo com sucesso. Muitas vezes o "leão" que existe dentro de você está adormecido e prestes a acordar. Entretando para que isto seja possível é necessária simples atitude: Desejar.

Na maioria dos episódios cotidianos sempre dizemos expressões tais como "eu preciso". Este tom gera idéia de obrigação por algo. Se você "precisa" emagrecer, por exemplo, jamais conseguirá deste modo, pois "forçando" a mente não se chega a lugar nenhum. Substitua a expressão "eu preciso" por "eu desejo", "eu quero". A sensação de prazer acompanhará o processo originando sua capacidade de resolver adversidades.



No próximo encontro: A obesidade me tirando tudo. Como enxerguei a morte de perto pela segunda vez e o doloroso processo até minha cirurgia de estômago.

5 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 2)

Por Marcos Lodi:

Meus dias estavam centrados na escola de samba e na obesidade que se agravava. Cheguei a ser cogitado para rei momo e coloquei até coroa improvisada num evento carnavalesco. “Eu nasci assim para ser assim”: Eis o meu pensamento. Até parece a sindrome da Gabriela, a qual ja me referi em texto publicado neste mesmo blog. Leia texto completo: http://www.quandoeprecisoreagir.blogspot.com.br/2010/04/sindrome-da-gabriela.html
Participar dos desfiles carnavalescos já resumia a minha vida.  Enquanto me adequava ao que a vida me oferecia eu era novamente o gente boa, simpático, entretanto preocupante. Isso mesmo. Já estava acima dos 200 kg e sem forças para cantar devido a apnéia. Ganhei troféus por mérito nos primeiros cinco anos de carreira e nos seguintes fui congratulado tamanha a pena pelo meu estado. Era um rapaz “espaçoso”, cansado, um peso para muitos, literalmente

 
Na vida amorosa algumas namoradas e muitas mentiras. Vivia em função de maquiar os problemas e mostrar ao mundo tudo aquilo que eu queria ser e na verdade estava longe de existir. Não conseguia enxergar que somente alguém especial e preparada por Deus verdadeiramente poderia se sujeitar a conviver com um obeso mórbido. Enquanto isto não ocorria sempre apareciam mulheres de conveniência que tinham na minha figura a pessoa mais apropriada para dar alguns beijinhos e colocar de graça para dentro dos eventos. Pobre Marcos!
Eu pesava 200kg, candidato a rei momo, frustrado emocionalmente e na vida sentimental. Uma pessoa que procurava despertar atenção dos outros e só conseguia endividar, trazer problemas para a família, ser péssima companhia para os amigos.
No carnaval tinha sambas, alguns amigos, mas na maioria parceiros de copo e conveniência. Tinha a capacidade de escrever um samba rapidamente, venci disputas importantes na minha cidade. Cheguei ao RJ e fui semifinalista na Beija-Flor de Nilópolis em 2005. Plantei muito e colhi uma divida proveniente de aluguel de carros para viajar pelo Rio de Janeiro. Um transtorno que meu pai se viu obrigado a pagar. Tudo pelo simples fato de não conseguir entrar num ônibus por vergonha de encarar a sociedade.
Pedi socorro, psicólogo, ajuda. Porém, hoje entendo que renascer estava dentro de mim e precisava realmente desejar isso para alcançar os resultados.
E você, como encara situações como estas que passei? Quantos relacionamentos mal resolvidos ainda em andamento? Quantas desculpas esfarrapadas e mentiras deslavadas a fim de transmitir uma alegria maquiada?
Fui punido pelos meus próprios erros. Porém, sem eles não haveria nenhuma experiência de vida que pudesse expôr de forma tão intensa como aqui.

No próximo encontro estarei concluindo esta pequena biografia. Falarei sobre a faculdade, cirurgia, desafios e a grande prova de minha vida, resultante nesta "Questão de Peso".

Até mais!

3 de abril de 2012

Um pouco mais sobre mim (Parte 1)

Por Marcos Lodi:

Saboreando este primeiro dia do Questão de Peso, queria compartilhar com todos vocês um pouco da minha história, e por isso, a dividi em partes. Provavelmente depois de ler estes textos, será possível entender de forma mais aprofundada os motivos que me levaram a obesidade mórbida e outros problemas. Confira:

Uma promessa de Deus

Nasci no dia 11 de janeiro de 1983, por volta de 7h20 da manhã. Era um bebê forte, com aparência normal. Após alguns dias se cumpriu a primeira grande promessa de Deus na minha vida. Os médicos detectaram gangrena umbilical e tive de ser operado ás pressas. O cirurgião disse a minha mãe que “ a cada 100 casos, somente um se salva. Vá para casa e vamos aguardar se este um será seu filho”.
E assim Deus me honrou com a vida. A cirurgia foi bem sucedida e o umbigo extraído. Estava começando minha jornada neste mundo e o bebê sorridente e pronto para novos desafios enfim saiu do hospital.

Depois de uma infância normal, porém sempre complexada com a falta de umbigo e os quilos a mais, parti para a juventude sem perspectiva de grandes emoções. Na escola fui o último a beijar na boca, entre os colegas o gordinho gente boa e nada além disso. Meu cotidiano era rodeado de inércia e pratos de comida avantajados. Um verdadeiro protótipo de bobalhão que tinha a paixão pelo carnaval, escrever textos e aconselhar pessoas. Minhas premiações pelas redações que fazia eram o meu acalanto que traduzia a sensação de “o mundo finalmente me notou”. Entre escolher o carnaval e a escrita optei pela folia dos desfiles de escolas de samba. E comecei e ser notado.
Adentrei numa quadra de samba com 14 anos. Era jovem, obeso, mas cheio de vontade de despertar o olhar das pessoas. Meu primeiro samba foi muito fraquinho, todavia no segundo hino de minha autoria já tive a primeira obra carnavalesca de minha autoria cantada na avenida. Quanta emoção. Era apenas o começo de “Markão Melodia”, intérprete de samba e compositor. E o marcão amigo da galera, com talanto pra escrever textos e detectar problemas dos outros?
Bem isso fica para o próximo encontro... Até mais!


2 de abril de 2012

Chegou o grande dia!

By Equipe do blog:


Existe em nosso país, uma camada significativa do povo brasileiro apaixonado por realitys Shows. Pegando carona nesta verdadeira “onda” , surge o novo modelo de reality via blog que terá premiação diferente das demais atrações que oferecem grandiosas cifras para o vencedor.

Questão de Peso não se trata de um reality com prêmio em dinheiro. O benefício é muito superior a qualquer quantia.

Qualidade de vida será o fruto colhido pelo participante em questão. Eliminar peso e readquirir saúde é o troféu a conquistar. Chegar ao peso ideal de forma saudável e cumprir as metas estabelecidas constitui este desafio.

Neste período  “Quando é preciso reagir” estará cobrindo dia a dia a rotina de Marcos Lodi, autor deste blog. O primeiro participante do Questão de Peso terá como prova de fogo eliminar 40 quilos em 16 semanas. Todos os dias serão postados textos, fotos, vídeos de depoimentos e toda sua rotina. Os internautas poderão acompanhar diariamente no blog os passos de Marcos Lodi rumo ao seu objetivo.

Mobilizar a corrente positiva dos internautas e levar esta trajetória de superação a todo mundo construirá um exemplo fiel da determinação e busca por uma vida saudável.

Em contrapartida qualquer recaída ou falha pode resultar em muitos percalços...

Portanto, é vencer ou vencer!

Vamos acompanhar o cotidiano de Marcos e visualizar o maior desafio de sua vida.

Tudo numa questão de peso!

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