*Extraido do livro "A arte da prudência", de Baltasar Gracián.
Por Marcos Lodi:
A queixa sempre traz descrédito. E, em vez de compaixão e consolo, exalta a paixão e arrogância, encorajando aos que ouvem nossas queixas e nos aflige também. Uma vez divulgadas,as ofensas que nos foram feitas parecem justificar que se cometam outras. Alguns reclamam de ofensas passadas e motivam outras futuras.
Querendo remédio ou consolo, suscitam complacência e até desprezo. A melhor política é elogiar os favores que alguns lhe fizeram, de modo a ganhar ainda mais com os outros.
O comentar como os ausentes o favorceram é como pedir aos presentes que façam o mesmo, e paguem na mesma moeda. O prudente não deve jamais divulgar o descrédito ou as desfeitas, apenas o apreço que os outros lhe têm demonstrado. Assim, retém amigos e consegue conter os inimigos.
Uma ótima semana a todos!
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