17 de junho de 2011

O perfil da intolerância

Por Marcos Lodi:

O intolerante é cego. Não consegue se equilibrar pela capacidade de não compreender. Se o carro sofre uma leve derrapagem na pista já é motivo para pausar a viagem e retornar onde começou o trajeto. Não segue em frente, não percebe a frente.

A falta de compreensão é tamanha a ponto de não lidar com os percalços do inesperado. Não consegue distinguir o fato novo. Traça uma partida para a sua equipe e se esquece que um jogador pode sofrer lesão ou ser expulso.

Pegando carona na linguagem futebolística levando para o âmbito social, aí entra a questão da modificação. Quem não sabe alterar o “esquema tático” leva um baile do adversário (contratempo). Este vence com tanta facilidade gerando, além da perda, a desavença entre os jogadores, clima ruim e total desânimo para o próximo jogo, entre outras seqüelas.

A paciência tem limite e o inesperado também existe. Quando se é intolerante não se verifica o meio termo. Parte-se para a briga sem ao menos haver briga. O soco é dado no ar gastando energia desnecessariamente.

Não seja intolerante, pois esta cegueira é a única irreversível. O cego por deficiência consegue enxergar coisas que jamais vemos. O intolerante não visualiza nada.

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