Por Marcos Lodi:
Jamais deixarei de me posicionar sobre questões que envolvam o futuro do meu país. Por isso, resolvi escrever este texto, constando meu posicionamento pessoal sobre este episódio que se aproxima neste 17 de abril. Concordar ou discordar é democrático, além de se tratar de um direito.
Não tenho coragem de comparecer às ruas amanhã, trajando verde e amarelo, clamando por um suposto impedimento da Presidente, olhando para o plenário e verificando que o mais alto escalão da Câmara dirige uma questão desta relevância na qualidade de réu em processos gravíssimos com atos inimagináveis.
Não tenho coragem de pedir "Fora Dilma" sabedor que este cidadão, presidente da Câmara, pode se tornar Governante da República, afinal seria o novo vice presidente. Há quem coloque panos quentes pra você achar que isso é bobagem, mas a linha de sucessão é clara, e existe risco do senhor Michel Temer também sofrer impeachment. E então, como ficaremos?
É constrangedor chegarem novas notícias com indícios claros do desvio de conduta do chefe do parlamento e alguns ainda acreditarem que o negócio é "botar presidente pra correr e dane-se o restante".
Se você consegue ficar a vontade neste impasse terrível, que invada as ruas e faça a sua parte. No final da noite de amanhã, a sua contribuição poderá ser decisiva para dar ao senhor Eduardo Cunha, o devido perdão por quaisquer atos ilícitos. Afinal de contas, cedo ou tarde, mesmo que por uma simples viagem de Temer, o mandatário do país em exercício será Cunha. E não adiantará convocação popular que mude isso.
Boa sorte com a sua consciência.
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