Mala
Psicóloga Valéria Rocha:
Quantas vezes andamos por aí com uma enorme e pesada mala repleta de tristezas e desilusões, expectativas e frustrações, ilusões fracassadas por relacionamentos destrutivos e vãs expectativas, carências e feridas remoídas de abusos e sofrimentos. O corpo estanca, as forças vão se diluindo, pior quando também carregamos o mundo nas costas.
E daí, vem à pergunta. O que fazer?
Simples seria abrir a mala e ir jogando fora o que não serve mais, porém, nos esbarramos numa coisa chamada, identidade e o sentido atribuído neste peso.
A identidade pessoal é construída ao longo da trajetória, começa na infância quando a criança vivencia, explora sensações e percepções do ambiente a sua volta até descobrir-se um ser diferenciado do outro. É como se olhar no espelho e ver sua própria imagem refletida, eu existo!
Mas, se este processo não é bem elaborado com pais e familiares que não oferecem conforto, bem estar, segurança, amor e possibilidade de ser enxergada nas suas próprias necessidades, não pelas alheias, uma parte deste EU tende a ficar preso e sem muitos recursos para adquirir autonomia.
Contudo, a existência é tão cheia de surpresas e contradições que mesmo se as dificuldades acima não se aplicar a você, talvez um evento peculiar altere o seu senso de valor e autonomia e quando menos perceber coisas inúteis já estão sendo depositadas.
Até que ponto os entulhos desta mala já não são parte de nós? Para cada um há um sentido, as vantagens e desvantagens de manter ou retirar o que sufoca e não serve mais.
Para isso contamos com o autoconhecimento e o bacana será quando (re) aprendemos a substituir aquela imensa mala por uma pequena bagagem de mão levando tão somente nossos sonhos e perspectivas de novos horizontes.
É uma escolha possível, isso significa caminhar com amor próprio e liberdade.
Dica: Acesse o blog da Psicóloga Valéria Rocha. O endereço é: http://www.valeriapsc.blogspot.com/
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