Por Marcos Lodi:
No bate papo cotidiano, na mídia e demais fontes de informação é comum conceituarmos a pessoa que possui alguma impossibilidade física ou mental com deficiente. Não quero de forma nenhuma mudar o conceito da palavra, porém, gostaria de convida-lo a refletir profundamente sobre o tema em questão. Acredito fielmente que a pessoa sofredora destes problemas não deve ser vista como deficiente. É um termo forte e sem comprovação absoluta.
Existem indivíduos que não se locomovem ou não falam, não escutam e outros com incapacidade mental. Encaro todos estes casos como impossibilidade e não deficiência. Pense comigo: Algo com defeito transmite a idéia de não funcionar direito. E aqueles que mesmo numa cadeira rodas, por exemplo, conseguem trabalhar, dirigir, ter uma vida de padrões normais? É justo relacionar um problema médico como defeito? Trata-se de uma bela vitória por sinal.
A verdadeira deficiência é aquela que vemos todos os dias em muitas pessoas “aparentemente normais”. Reside no preconceito, na forma de tratar os outros, no orgulho, falta de respeito e, principalmente, na incapacidade de encarar e resolver qualquer situação. São tantos “defeitos” que fico envergonhado ao ver uma pessoa com algumas limitações ser denominada deficiente enquanto alguns dos considerados “em perfeito estado” murmuram por toda parte. Como em qualquer caso de defeito existe o conserto.
Entretanto em inúmeros casos ocorre a chamada perda total. São milhares de frustrados, tolos e com isso perdedores, que são formados todos os dias. Gente que desiste fácil e precisa conhecer de perto um ser humano com estas assim chamadas “deficiências” para visualizar a vitória diária de quem não desiste de si mesmo e luta incessantemente contra o olhar pobre e infeliz de muitos segmentos da sociedade.
Parabéns aos guerreiros que mesmo numa cadeira de rodas ou em qualquer adversidade são gigantes em relação a muitos de nós que não passamos por estes percalços e muitas vezes reclamamos tanto. Fica a reflexão.
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